Os tradicionais comícios que reuniam até
milhares de pessoas para ouvir as propostas de candidatos até o final do Século
XX estão fora da agenda dos prefeituráveis de Descalvado. No município, os
últimos comícios foram realizados em 2012.
No ano de 2016, quando a
cidade contou com cinco candidaturas, os comícios já não foram
realizados. Um dos grandes embates em vários comícios se deu na disputa de
2004, quando José Carlos Calza, que concorria à reeleição, venceu o opositor e
depois prefeito da cidade, Luís Antonio Panone, por pouco mias de 300 votos por
causa da excelente presença de público nos comícios e também de sua repercussão.
Um dos principais motivos para isso é a adoção de novas tecnologias nas
campanhas eleitorais, como as lives nas redes sociais, como Facebook,
Youtube, Zoom, Google Meet, e várias outras, que podem atingir milhões
de pessoas. Além de ter maior alcance para a divulgação de ideias, as
redes sociais tem um custo bastante pequeno, o que as torna uma
ferramenta fundamental para campanha eleitoral, principalmente num
período de forte crise econômica.
Outro ponto importante para a não realização dos comícios é a pandemia
do novo Coronavírus que recomenda a não aglomeração de pessoas.
O prefeiturável Luisinho Panone (PSDB) afirma que sua campanha não terá
nenhum comício. “Hoje, com toda a tecnologia à nossa disposição temos
métodos e ferramentas muito mais eficazes para chegarmos ao eleitor”.
Desta forma, o comício acabou se tornando uma alternativa obsoleta. Em
tempos de pandemia, então, nem seria recomendável em qualquer
circunstância.
O atual prefeito e candidato à reeleição, Becão Reschini (PL) também.
“Nosso pessoal não pretende fazer comícios, não. Não estamos querendo
inventar nada neste sentido”, ressaltou ele. A reportagem enviou a
pergunta para o candidato Vick Francisco (PTB), mas até o fechamento da
matéria ele não respondeu.
*Fonte: Jornal Primeira Página
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