No mês passado
foram comemorados os 10 anos do último título mundial da Seleção
Brasileira de Futebol. Em 2002, o Brasil foi penta campeão
mundial e é até hoje o país com mais conquistas em Copas do
Mundo. A imagem do capitão Cafú levantando a quinta taça da
seleção ainda fica na memória de muitos brasileiros que
assistiram aquela conquista, e talvez fique marcado pra sempre.
Porém algumas curiosidades daquela Copa já foram esquecidas,
após uma década do triunfo.
Por isso, o
Descalvado News reuniu cinco curiosidades do Penta, que talvez
você não se lembre mais.
1 - Emerson é cortado antes da Copa,
transferindo a faixa de capitão, assim como em 1994
(Foto: Arquivo/Reuters)
No dia anterior da estreia da seleção
brasileira na Copa, contra a Turquia, o capitão e homem de
confiança do técnico Felipão, Emerson, se machucou durante um
treino de recreação, quando brincava como goleiro e teve que ser
cortado. Depois de um pulo num chute de Rivaldo, o
volante-goleiro caiu em cima do próprio ombro, sofrendo uma
luxação e um mês de afastamento. Coincidência ou não, o fato do
capitão ser cortado momentos antes da Copa trouxe sorte pra
seleção. É que em 1994, na conquista do Tetra, o capitão da
seleção Ricardo Gomes, hoje ex-técnico do Vasco, foi cortado e
substituído por Ronaldão. A faixa de capitão passou para Dunga,
que levantou a taça nos Estados Unidos. Cafú foi quem teve a
sorte em 2002 e ficou conhecido como o capitão do Penta. O
curioso é que o próprio Emerson diz que esse corte salvou sua
vida. Segundo o ex-jogador, na época ele vinha de uma situação
complicada em seu casamento, e disse que se ganhasse a Copa como
capitão teria que arrastar o casamento até hoje. Mas como voltou
pra casa, pode conversar com sua ex-esposa e resolveram por um
fim na relação. Segundo ele, a vida mudou pra muito melhor após
a separação.
2 - Kaká, o
jovem intruso, surpresa na lista dos convocados.
(Foto: Agência Getty Images)
O mais jovem jogador do grupo era Kaká.
Ainda jogando pelo São Paulo, o jogador foi a surpresa da lista
final de Felipão, dos convocados pro Japão e Coréia do Sul. Com
apenas um ano como profissional, Kaká apareceu na mídia após ser
o herói do título tricolor no ano anterior, o Torneio Rio-São
Paulo. Ainda conhecido apenas como Cacá, o jovem de apenas 18
anos entrou no segundo tempo e fez os dois gols da virada do
time paulista contra o Botafogo, dando o título pro São Paulo. A
partir daí Cacá se tornou Kaká e começou a ficar famoso. Em
menos de um ano depois, ele faria sua estréia na seleção em um
amistoso que Felipão só convocou jogadores que atuavam no país,
o que era difícil de se ver naquela época, com todos os astros
indo jogar no exterior. E foi no último amistoso antes da Copa,
contra a Islândia, num calor insuportável de Cuiabá, que Kaká
fez um golaço e ganhou a última vaga pro time de Scolari. Vale
lembrar que Felipão era pressionado pela torcida e imprensa para
convocar Romário, e nem o jovem Kaká esperava estar na seleção.
No dia da convocação, o jogador já estava reunido com o time sub
20 do Brasil e se surpreendeu com a chamada. Na Copa, Kaká
participou de apenas um jogo, contra a Costa Rica, na primeira
fase. Outra curiosidade foi na final contra a Alemanha. Faltando
dois minutos pra acabar o jogo, Kaká foi chamado pra entrar. Mas
o juiz não autorizou sua entrada e terminou o jogo, com o
jogador na beira do gramado ao lado do quarto árbitro.
3 - 21 dos 23
jogadores da seleção participaram da Copa. Apenas os goleiros
reservas não jogaram
(Foto: FIFA/Reprodução)
Outra curiosidade da Copa de 2002 é que
todos os jogadores de linha jogaram, pelo menos um pouco durante
a competição. Apenas os goleiros reservas não participaram de
nenhum jogo. Esse revezamento mostrava que mesmo com reservas e
substituições, a seleção de Scolari realmente era uma "família".
Dida e Rogério Ceni eram os goleiros reservas que não
participaram da Copa. Marcos foi o goleiro titular de Felipão
nos sete jogos. A seleção brasileira ainda tinha Cafú, Lúcio,
Roque Júnior, Edmílson, Roberto Carlos, Ricardinho, Gilberto
Silva, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Belletti, Ânderson
Polga, Kléberson, Júnior, Denílson, Vampeta, Juninho Paulista,
Edílson, Luizão e Kaká.
4 - Edmílson
se enrola para trocar de uniforme dentro de campo na final
(Foto: Ricardo Corrêa)
Aos 15 minutos do segundo tempo da final
entre Brasil e Alemanha quando o jogo ainda estava 0x0, o
zagueiro Edmilson teve que trocar a camisa que estava rasgada
após um puxão do adversário. Mas a cena da troca da peça foi
muito engraçada. Edmílson demorou quase 2 minutos para trocá-la,
a peça tinha um segundo tecido por baixo, uma tecnologia pra
evitar que ela ficasse pesada devido ao suor dos jogadores. A
cena do zagueiro se enrolando foi tão engraçada que além da
torcida do estádio cair na gargalhada, o árbitro italiano da
final, Pierluigi Colina também deu risada.
5 - O penâlti
que não foi, por muitos metros
(Foto: Agência
Getty Images)
Graças a uma ajuda do árbitro coreano Kim
Young Joo, o Brasil estreiou a Copa com vitória. Aliás, erros de
arbitragem foram escandalosos em muitos jogos daquela Copa. Na
partida contra a Turquia, o Brasil começou mal e perdendo.
Depois do intervalo a seleção conseguiu o gol de empate e o jogo
estava chegando ao seu fim, até os 41 minutos do segundo tempo.
Foi aí que Luizão dominou a bola e sofreu falta do zagueiro
Alpay fora da área, aliás bem longe da área, mas caiu dentro
dela. (Veja no detalhe da foto acima o momento exato que
Luizão sofre o puxão e depois ele caindo dentro da área) E o
árbitro marcou penâlti e expulsou o zagueiro turco. A penalidade
foi convertida por Rivaldo, dando a vitória ao Brasil. |