que pelo menos 60% dos
funcionários que atuam em Campinas tenham aderido ao movimento.
Ainda de acordo com a empresa pública federal, neste fim de semana e em 1º de maio
haverá mutirões para entrega de objetos postais e nas agências abertas todos os
serviços continuam disponíveis, incluindo Sedex e Banco Postal. "Apenas os
serviços com hora marcada [Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje] continuam
suspensos", informa nota da assessoria de imprensa.
Em relação à região, o Sintect-CAS informou que não é possível informar a
estimativa de participação, uma vez que parte dos trabalhadores decidiu integrar
os atos nesta sexta-feira, e também há profissionais que não conseguiram ir ao
trabalho por causa de paralisações no transporte.
Uma nova assembleia da categoria está prevista para terça-feira (2). O horário,
contudo, não foi confirmado pelo sindicato.
AGÊNCIA DESCALVADO
- A reportagem do
DESCALVADO NEWS
esteve na agência dos Correios de Descalvado no início da manhã desta
sexta-feira (28), e obteve a informação de que até aquele momento o
atendimento e as entregas estariam acontecendo normalmente.
Ainda de acordo com as
informações obtidas, os servidores estariam aguardando um comunicado via
e-mail para orientação sobre quais seriam os procedimentos a ser
adotados no município. Caso os servidores aderirem à paralisação, o
atendimento na agência não deverá ser prejudicado, porém as entregas
poderão sofrer atrasos.
CRISE NOS CORREIOS
- Os Correios enfrentam uma severa crise econômica e medidas para
reduzir gastos e melhorar a lucratividade da estatal estão em pauta. O
presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirmou que a estatal teve um
prejuízo estimado de R$ 400 milhões no primeiro trimestre, após ter tido
prejuízo anual de cerca de R$ 2 bilhões em 2015 e em 2016. Ele disse
ainda que a empresa não tem condições de arcar com sua folha de
pagamentos e que demissões de servidores concursados estão em pauta.
A estatal não tem
contatações há vários anos - o último concurso foi realizado em 2011.
Em 2016, os Correios
anunciaram um Programa de Demissão Incentivada (PDI) e pretendia atingir
a meta de 8 mil servidores, mas apenas 5,5 mil aderiram ao programa. “A
economia com esses 5,5 mil é de R$ 700 milhões anuais e essa marca
alcançada com o PDI fica aquém da necessidade da empresa. Precisamos ter
outras ações para enxugamento da máquina da empresa”, afirmou Campos no
dia 20 de abril.
Segundo a Federação
Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e
Similares (Fentect), desde as 22h00 da última quarta-feira (26), os
trabalhadores dos Correios decidiram entrar em greve. A paralisação,
segundo a entidade, é por tempo indeterminado, caso as negociações não
avancem.
Os Correios planejam também
fechar cerca de 200 agências neste ano, além de uma série de medidas de
redução de custos e de reestruturação da folha de pagamentos. Segundo os
Correios, o fechamento dessas agências acontecerá sobretudo nos grandes
centros urbanos.
Para Campos, outro ponto
fundamental para reestruturar o orçamento dos Correios é encontrar um
novo formato para o plano de saúde dos funcionários dos Correios, o
Postal Saúde. Segundo ele, esse custeio é o responsável pela maior parte
do déficit registrado nos últimos anos.
Pelo modelo, a estatal arca
com 93% dos custos dos planos de saúde e os funcionários com 7%.
“Estamos negociando com os trabalhadores, com os sindicatos, buscando
uma alternativa. Nos moldes que está é impossível de ser mantido”, diz.
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