representa
aproximadamente a produção prevista para todo o ano-safra em países
como Austrália e Indonésia, que estão entre os dez maiores
produtores globais.
O mercado global de
açúcar deve sair de um cenário de dois anos de déficit global na
próxima safra. A recente escassez de produção levou os preços do
açúcar aos maiores níveis em quase cinco anos. O volume de açúcar a
vir do Brasil é o principal fator por trás das projeções de
operadores sobre o balanço de oferta global.
"Os números
divulgados até agora são uma prova eloquente de quão fortemente
diferentes as visões estão em relação à temporada que está para
começar", disse o especialista da Archer Consulting em São Paulo,
Arnaldo Correa.
Havia um consenso no
final do ano passado de que a produção de cana em 2017 seria menor
do que em 2016, principalmente devido à insuficiente renovação de
canaviais e adversidades climáticas na primeira metade do ano, como
as geadas de abril. Mas o clima recente parece ter mudado isso.
"A cana reage muito
bem ao tempo chuvoso", disse o presidente-executivo do grupo da
indústria de cana Udop, Antonio Cesar Salibe. "Tem chovido quase
todo dia, então podemos esperar um impacto positivo".
Segundo
meteorologistas da Somar, a região de cana de Ribeirão Preto recebeu
365 milímetros de chuva em janeiro, ante uma média de 30 anos de 309
milímetros. A mesma região recebeu 99 milímetros de chuva nos
primeiros sete dias de fevereiro, ou metade do esperado para o mês
inteiro.
"Os modelos
climáticos estão oscilando muito. O (seco) fenômeno La Niña não se
materializou e agora nós esperamos um clima próximo ao normal, mas
com chuvas acima da média", disse a meteorologista da Somar, Nadiara
Pereira.
*Fonte: Reuters