|
|
|
O
Estado de São Paulo continua avançando no combate à dengue. Nesta
terça-feira (3), o governador Geraldo Alckmin assinou um acordo com o
Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para a liberação de R$ 97,2
milhões à Fundação Butantan. Os recursos serão usados na conclusão das
obras da fábrica da primeira vacina brasileira contra a dengue.
"Isso é importante para a ciência
brasileira e uma grande colaboração à ciência mundial, porque não há no
mundo uma vacina contra a dengue com apenas uma única dose", disse o
governador. Ele ainda completa afirmando que "40% da população mundial
vive em países tropicais ou subtropicais e está sujeita à doença".
A nova fábrica ficará dentro do Instituto
Butantan e terá 3 mil m² de área construída. As instalações foram
arquitetadas para suportar a produção de até 100 milhões de doses de
produto concentrado (bulk) e até 30 milhões de doses de vacina
liofilizada contra a dengue por ano. A planta também foi planejada para
operar a produção de vacinas contra a raiva e zika vírus, entre outras.
"Nós já estamos fazendo a fábrica para
quando a vacina estiver pronta, as instalações já devem estar também. E
a fábrica já está quase finalizada, porque o que está faltando são as
paredes - que são pré-fabricadas. Mas nós só vamos colocar as paredes
após os equipamentos - que são muito grandes - entrarem. Mas a
infraestrutura do prédio está toda pronta", explica o diretor do
Instituto Butantan, Jorge Kalil.
Investimento
- O aporte do banco corresponde a 31% do investimento total do projeto,
orçado em R$ 305,5 milhões. O contrato ocorreu por meio do programa
BNDES_Funtec, que prevê a liberação a fundo perdido a iniciativas de
pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação executados por
Instituições Tecnológicas (IT), selecionados de acordo com os focos de
atuação divulgados anualmente pelo BNDES.
"Os recursos não voltam ao BNDES porque
não são reembolsáveis. Nossa contrapartida é o benefício social que a
vacina contra a dengue vai gerar para o Brasil", diz Cláudia Prates,
diretora de indústria e insumos básicos do BNDES.
Além do investimento nas obras, os
recursos incluem a instalação e montagem de equipamentos, mobiliário,
insumos e serviços de qualificação para a instalação dos equipamentos. A
operação ainda contribui para a formação de equipes qualificadas para a
condução de estudos clínicos para o desenvolvimento da vacina.
Vacina
- A primeira vacina brasileira contra dengue está na última fase de
testes clínicos, antes de ser submetida à aprovação da Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após a validação, ela será produzida
em larga escala e disponibilizada para campanhas de imunização em massa
na rede pública de saúde em todo o Brasil.
Os estudos feitos nessa última fase
envolvem 17 mil voluntários em 13 cidades nas cinco regiões do Brasil.
Estão sendo convidadas a participar do estudo pessoas saudáveis, que já
tiveram ou não dengue em algum momento da vida e que se enquadrem em
três faixas de idade: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos. Os
participantes do estudo são acompanhados pela equipe médica por um
período de cinco anos para verificar a duração da proteção oferecida
pela vacina.
A última etapa da pesquisa é a comprovação
da eficácia da vacina. Os dados disponíveis das duas primeiras fases
indicam que a vacina é segura, que induz o organismo a produzir
anticorpos de maneira equilibrada contra os quatro vírus da dengue e que
é potencialmente eficaz.
*Fonte: Portal do
Governo do Estado (Foto: Alexandre Carvalho)
|
|
Participe você também do site Descalvado News
e escreva seu comentário sobre esta notícia
Os
comentários aqui postados expressam a opinião dos
seus autores, responsáveis por seu teor, e não do site
Descalvado News. Caso perceba algum comentário agressivo ou
publicado por algum troll, ajude-nos
a limpar esta área, escrevendo para
contato@descalvadonews.com.br |
|
|