Com bailarinos de Ribeirão Preto e
Descalvado, o projeto “Dança Bacana”
apresentou, na noite da última segunda-feira (26), o espetáculo de encerramento
“Volta ao Mundo”. O evento foi prestigiado por uma plateia animada, que lotou o
teatro do Centro Universitário Estácio e embarcou em uma viagem mágica e
emocionante.
Na aventura, o público
presente pode acompanhar a história de um jovem aprendiz de feiticeiro
que, atrasado e atrapalhado com suas invenções, pede ajuda a sua tia
avó, uma mulher experiente no mundo da feitiçaria. Um simples esbarrão,
em um quarto repleto de materiais de feitiço, foi o suficiente para que
a magia e a viagem tivessem início. Com um meio de transporte nada
convencional, uma vassoura, o garoto levou 450 espectadores para um tour
mundial, que passou pelo Japão, Coreia do Sul, Alemanha, Jamaica,
França, Itália, Índia, Espanha, Rússia, Estados Unidos e se encerrou no
Brasil.
Cada país foi retratado por
uma das turmas de balé e danças urbanas do projeto. As crianças
atendidas pela iniciativa apresentaram coreografias que levaram em
consideração as músicas e danças características e tradicionais dos
lugares visitados. Os figurinos também foram compostos por trajes
típicos.
As interpretações fizeram o
público vibrar. “A proposta era trabalhar a diversidade racial e étnica
e, ao mesmo tempo, mostrar que somos todos iguais, principalmente na
dança. Independentemente de ser balé ou danças urbanas, tratavam-se de
movimentos”, explica Rodolfo Tarso, roteirista do espetáculo.
“Para os alunos, foi um
momento de muita ansiedade e expectativa. No núcleo de Descalvado,
muitos ainda não conheciam a cidade de Ribeirão Preto. Estar em um
teatro e dançar em um palco também foram novidades para alguns. Tudo
isso mexe muito com a autoestima deles”, disse Basileu Alves Oliveira,
presidente da Associação de Arte, Cultura e Esporte de Ribeirão Preto
(AACE), uma das realizadoras do projeto.
Além da apresentação das
nove turmas atendidas, os professores Miguel Afonso Filho, Greice Ariane
e Talita Castro também subiram ao palco. “As crianças queriam muito nos
ver dançando. Então, decidimos acrescentar um país e dançar para elas.
Foi algo inesquecível pra mim, fiquei muito emocionado. Nós, professores
de dança, acabamos criando uma ligação com os alunos e a alegria deles
se torna a nossa alegria”, conta o professor Miguel.
A coordenadora do projeto,
Mariana Souza, destacou o empenho e a dedicação dos profissionais
envolvidos no espetáculo e das crianças beneficiadas pela iniciativa. “A
equipe técnica foi composta por pessoas muito experientes em seus
segmentos, comprometidas e que estavam claramente muito envolvidas com a
temática e a dinâmica da apresentação. Por isso, tudo fluiu tão bem e
tivemos tanto sucesso na montagem e na execução do espetáculo. As
crianças conseguiram fazer com que a ansiedade que estavam sentindo
fosse traduzida em empenho e emoção. Por esse motivo, cada coreografia
foi executada de forma tão linda.”, avalia ela.
“Nós vimos brilho nos olhos
das crianças e é por isso que todo o nosso trabalho valeu a pena. Essa
apresentação vai ficar pra sempre na nossa memória”, completa Rodolfo. O
roteirista também fez um agradecimento especial ao Grupo Teatral
Plenitude, de Batatais.
Erli Henrique Silva, do
Instituto Algar, um dos patrocinadores da iniciativa, também esteve
presente no evento e falou sobre a parceria. “Temos muito orgulho por
ter patrocinado esse projeto em Ribeirão Preto. A iniciativa tem tudo a
ver com os valores do Instituto, já que permite que as crianças tenham
acesso a uma cultura que vai além do currículo escolar. É muito
gratificante saber que estamos contribuindo não só economicamente, mas
também socialmente, investindo em cultura e educação para a população”,
ressaltou ele, que agradeceu, ainda, aos pais pela confiança e apoio.
SOBRE O PROJETO
- O “Dança Bacana” tem como objetivo principal a formação de indivíduos
aptos a enfrentarem os desafios da vida e a construírem uma nova
realidade, utilizando-se da dança como ferramenta principal.
Ao longo de 11 meses, o
projeto ofereceu aulas de balé e danças urbanas, no contra turno
escolar, para 200 crianças e adolescentes de sete a 12 anos,
regularmente matriculados na rede pública de ensino de Ribeirão Preto e
Descalvado. A iniciativa também tinha a proposta de enriquecer a
formação integral dos alunos, proporcionando experiências culturais como
visita a teatros, exposições, espetáculos, festivais, universidades,
entre outros
“Ter a oportunidade de
fazer parte do 'Dança Bacana' foi uma experiência maravilhosa em minha
vida. O projeto faz as crianças se sentirem importantes e amadas. Elas
se tornam as estrelas do nosso espetáculo”, destacou o professor Miguel.
O "Dança Bacana" contou
com o patrocínio da Ipiranga Agroindustrial, do Instituto Algar e foi
realizado pelo Programa de Ação Cultural - ProAC-ICMS, do Governo do
Estado de São Paulo.
*Colaborou:
Kamilla Bitarães / Matinez Comunicação (Fotos: Divulgação)
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