criminologia da Escola de
Polícia, cujo titular era o professor Hilário Veiga de Carvalho, defende
a igual competência de homens e mulheres ao apresentar, no I Congresso
Brasileiro de Medicina Legal e Criminologia, uma tese sobre a Polícia
Militar, onde escreve: "a criação da Polícia Feminina é, pois, de se
aconselhar formalmente, sendo encomiástico um voto para seu imediato
estabelecimento consubstanciando uma corporação que formará
harmonicamente ao lado de seus irmãos, os policiais, para o melhor
cumprimento da lei de da manutenção da ordem, dentro dos ditames da
compreensão, do auxílio e da bondade".
Em 1955, o governador do
Estado, Jânio Quadros, encarregou o diretor da Escola de Polícia, Walter
Faria Pereira de Queiroz, de estudar a criação em São Paulo de uma
polícia feminina.
Em 12 de maio de 1955, sob
o Decreto 24.548 , institui-se, na Guarda Civil de São Paulo, o corpo de
Policiamento Especial Feminino e, na mesma data, Hilda Macedo tornou-se
a primeira comandante do Policiamento Especial Feminino.
Estava criada, assim, a
primeira Polícia Feminina do Brasil, pioneira também na América Latina,
sendo-lhe atribuídas as missões que melhor se ajustavam ao trabalho
feminino conforme as necessidades sociais da época: a proteção de
mulheres e jovens. Em 26 de maio do mesmo ano, publicou-se o
Decreto 24.587 , o qual relacionava os requisitos para o ingresso no
Corpo Especial. Dentre as 50 candidatas, 12 foram selecionadas para a
Escola de Polícia, para um curso intensivo de 180 dias. As 12 mulheres
escolhidas e sua comandante foram chamadas "as 13 mais corajosas de
1955".
Nestes 62 anos de
existência, ampliaram-se as missões, e as mulheres passaram a atuar, além do
policiamento ostensivo, em outras atividades como: trânsito, bombeiro,
choque, policiamento rodoviário, ambiental, policiamento com apoio de
motocicletas ou bicicletas, radiopatrulhamento, policiamento escolar,
corregedoria e assessoria policial militar, inclusive a da Assembleia
Legislativa que, atualmente conta com um efetivo de 20 policiais
femininos.
No dia 1º de fevereiro de
2001, o governador Geraldo Alckmin, criou, no âmbito institucional, o
Dia do Policial Militar Feminino, com o intuito de não se perder um fato
significativo na história do Brasil e na bela trajetória da polícia no
Estado de São Paulo.
São mulheres policiais,
mães, trabalhadoras que servem com coragem e bravura à nação, nestes 62
anos de muitas realizações, cada qual escrevendo um trecho dessa
trajetória, ciente de que há ainda muito a ser feito, com amor e sem
nunca deixar de ser mulher. A mulher agregou à Polícia Militar um novo
olhar. Trouxe mais sensibilidade e suavidade ao trabalho policial.
Soma-se a todo profissionalismo, doses de afeto e enternecimento, onde
um completa o trabalho do outro e todos ganham.
Parabéns a
todas as mulheres que fazem parte da instituição da Polícia Militar, e
em especial às policiais militares Alcione Sempionatto, Wanderly de
Oliveira e Artonde Fonseca (do efetivo da PM de Descalvado), e à Herica
Lorenzo (do efetivo da PM de Santa Rita do Passa Quatro), todas
pertencetes à 3ª Cia do 38º Batalhão da PM com sede em Descalvado.
Obrigado por fazerem a diferença na nossa Polícia Militar e,
principalmente, na vida de todas as pessoas.
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