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22/03/2018 (06H18) |
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CPFL e Elektro caem no ranking da Aneel de prestação de serviços na região
Qualidade
no fornecimento de energia das duas concessionárias que atendem |
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Segundo o ranking anual, a CPFL Paulista passou da 9ª posição para a 14ª, enquanto a Elektro passou do 5º para o 6º lugar. Em 2017, a CPFL registrou uma média de 7h09 min sem energia. Já a Elektro registrou 7h26 min nesse mesmo período. A Elektro informou que investe na melhoria do serviço e com isso vem diminuindo o tempo de interrupção. A CPFL afirmou que investiu R$ 536 milhões na modernização, manutenção e expansão de todo os sistema elétrico em setembro do ano passado.
AVALIAÇÃO - A responsabilidade de manter o fornecimento eficiente de energia, com o menor número de falhas possível, é das concessionárias de distribuição de energia elétrica. Para avaliar a eficiência das concessionárias, o ranking da Aneel mede o que eles chamam de ‘desempenho de continuidade’. Neste estudo, são avaliados inúmeros itens, entre eles quantas vezes que há falta de energia e a média de horas que a população fica sem luz. A Aneel define limites para as concessionárias. Cada empresa tem uma quantidade de interrupções que não pode ser ultrapassada. A agência controla também o tempo total da falta de luz e faz uma média desses valores para montar o ranking. A ideia é que a distribuidora se esforce para melhorar de posição a cada ano, já que é por esse número que é cobrada tanto pela população quanto pela mídia. O superintendente de serviços de distribuição da Aneel, Hugo Lamin, explicou que o ranking algumas distribuidoras melhoraram muito a qualidade do serviço no ano passado e, consequentemente, a posição da CPFL e da Elektro caiu. “Essas que melhoraram mais sobem várias posições no ranking e empurram para baixo as duas [CPFL e Elektro], ainda que tenham boa qualidade. Esse é o objetivo do ranking, estimular a competição entre as distribuidoras e focar na melhoria da qualidade do serviço”, disse. TRANSTORNOS - Na padaria em São Carlos administrada por Diego Ramos, 40 funcionários se revezam em três turnos para dar conta da demanda, mas quando falta energia elétrica não há muito o que fazer. “A gente fica meio desesperado porque não sabemos quanto tempo vai ficar sem. Para nós, cada minuto sem energia significa prejuízo”, disse. No local também funciona uma fábrica de pães que são fornecidos para mais de 150 lanchonetes da cidade. É outro processo que vive sendo interrompido pelas quedas na energia. No fim, o prejuízo e a dor de cabeça duram bem mais do que os "apagões". “O nosso forno é elétrico e, quando acaba a energia, a gente não consegue assar o produto no tempo ideal. Com certeza isso influencia muito na qualidade”, disse Ramos.
Já o açougue depende do frio produzido pela energia elétrica para preservar os produtos. Sempre que ela caba o problema começa. “Vira um caos e a gente fica sem balcão, geladeira e maquinários para poder servir os clientes”, explicou o açougueiro Adriano Lopes Farias. As crises no serviço fizeram com que ele investisse em uma balança movida à bateria, mas isso só diminuiu uma parte dos prejuízos. No último apagão, ele gastou cerca de R$ 2 mil em reparos. “Queimou o motor do meu balcão, tive que trocar a unidade condensadora inteira”. O aposentado José Maria dos Santos disse que as falhas no fornecimento também fazem parte da rotina dele. “Deveriam ter consciência que o povo paga certinho, então tem que ter o serviço”, declarou. *Fonte: G1/São Carlos
(Fotos: Mário Zambelli / Rodrigo Sargaço) |
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