 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
REPORTAGEM
DE CAPA |
|
|
|
2025 já é o ano com o maior número de casos de dengue da história de Descalvado |
|
|
|
Entre os meses de janeiro a abril deste ano, a cidade já registrou 2.980 casos positivos de dengue, segundo dados da Vigilância Epidemiológica do município. No mesmo período do ano passado, a cidade registrou 812 casos positivos, segundo os dados do órgão de saúde. Ao longo de todo o ano de 2024, a cidade registrou 2.557 casos da doença, o que representa cerca de 15% a menos de casos quando comparados apenas aos 4 primeiros meses deste ano. De acordo com a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica, Maria de Lourdes Cordeiro Santana, fevereiro de 2025 foi o mês que mais contribuiu para a disparada dos casos de dengue em Descalvado. “Sem dúvida, o ano de 2025, apenas nesses quatro meses, a gente percebeu que o número estourou! O mês que tivemos mais registros de casos foi no mês de fevereiro 2025 tivemos 1137 casos positivos. De todos os anos, o que mais pegou foi 2025, por enquanto, porque a gente vê que até o final do ano teremos um número bem mais alto!”, enfatizou a enfermeira. Para Maria de Lourdes, se há alguns anos o verão era considerado o período mais crítico para o surgimento de novos casos de dengue, com as recentes mudanças climáticas e o aumento da temperatura nas demais estações do ano também deverão influenciar o comportamento do principal vetor da doença – o mosquito Aedes Aegytpi. “Os anos anteriores, sem dúvida nenhuma, na época do verão, a gente tinha um número bem alto, porque as chuvas e o calor são o que o Aedes Aegytpi gosta. Então tínhamos um número alto [de casos] em dezembro, janeiro, fevereiro e março, e depois começava a diminuir. Em 2015, chegamos a ter um número elevado também, mas não chegou a dois mil casos. A dengue não deixa de existir no inverno, ainda que o ciclo de desenvolvimento do mosquito seja mais lento e o número de casos seja menor”, explicou.
De acordo com os dados do Núcleo de Ações Estratégicas em Saúde (NIES), em 2024 foram três óbitos em decorrência da dengue (mesmo número de 2023), sendo todos na faixa etária entre 65 e 79 anos de idade. Em 2025, já foram registrados 5 mortes pela doença, porém os óbitos foram de pacientes com faixa etária partir de 50 anos de idade.
Incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) no final de 2023, a Qdenga está disponível no SUS (gratuitamente) para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue após os idosos (o imunizante não foi liberado pela Anvisa para pessoas acima de 60 anos).
A Qdenga é aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três
meses entre as aplicações. A vacina é indicada tanto para quem já teve
dengue, quanto para quem nunca foi infectado. Ela é contraindicada para
quem tem alergia a algum dos componentes, quem tem o sistema imunológico
comprometido ou alguma condição imunossupressora, gestantes e lactantes. |
|
|
|
|
|
|
 |
