Até o momento, janeiro se consolidou como o pior mês desde que a infecção pelo novo coronavírus começou. Número de mortes também cresceu 50% em 2021. Município regrediu para a fase laranja do “Plano SP”.

A cidade de Descalvado está enfrentando o seu pior momento desde que a pandemia da Covid-19 teve início, em março de 2020. Desde o dia 1º de janeiro de 2021, o município vem registrando recorde diário de casos, ao mesmo tempo em que o mês também foi o que mais registrou óbitos pela doença (4 até o momento) - um crescimento de 50% apenas nos 10 primeiros dias do ano.

Desde que foi confirmado o primeiro caso da Covid-19, no dia 18 de maio de 2020, a cidade vinha mantendo níveis de contágio considerados abaixo da média regional. Até o dia 4 de setembro de 2020, haviam sido confirmados 354 casos positivos de Covid-19 na cidade, ou seja, passaram-se 109 dias entre o 1º caso e o de número 354.

Agora, em um período de apenas 21 dias (de 1º a 21 de janeiro), já são 356 novos casos confirmados. Somente na primeira ‘semana cheia’ do ano (de 3 a 9 de janeiro), foram 154 casos positivos. De acordo com o Boletim Epidemiológico N.º 312, datado de 21 de janeiro de 2021, a cidade já registrou um total de 1.320 casos positivos da Covid-19, com 7 pessoas internadas em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e outras 3 em enfermarias.

“Centenas de pessoas viajaram ou participaram de reuniões familiares ou confraternizações desde o início do mês de dezembro, quando os casos positivos em Descalvado dispararam. As autoridades, a Secretaria de Saúde e os profissionais da área apelaram às pessoas para que evitassem viagens e ficassem longe de aglomerações, mas infelizmente poucos respeitaram o pedido. O número total de novos casos assintomáticos só vem aumentando, e o número de óbitos, que levou meses para atingir um total de quatro, agora viu esse mesmo número ser alcançado em apenas dez dias. A vacina, apesar de estar começando a ser distribuída, ainda levará um bom tempo para ficar disponível para todos, por isso, o distanciamento social, as medidas de prevenção e de higiene e o uso da máscara ainda são os métodos mais eficientes para contermos esse avanço meteórico da doença”, disse o Secretário de Saúde Wander Bonelli.

Na quinta-feira (21), as cidades de São Carlos e de Porto Ferreira – que são referência para o atendimento de casos mais graves da Covid-19 para os descalvadenses – estavam com 100% de ocupação nos leitos de UTI reservados para adultos com a doença na rede pública. Desde o início da pandemia, é a primeira vez que as duas cidades ficaram nesta situação crítica.

PLANO SÃO PAULO
 

Após mais uma semana de piora nos indicadores da Covid-19 em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta-feira (22) regras mais restritivas de isolamento social, e determinou que todo o estado fique na fase vermelha do plano de flexibilização econômica aos finais de semana e feriados. Nos dias úteis, a fase vermelha valerá das 20h às 6h.

Também nesta sexta-feira, durante a 19ª atualização do Plano São Paulo, Descalvado e outras 29 cidades da região regrediram para a fase laranja do plano. O rebaixamento da fase amarela para a laranja começa a vigorar a partir da próxima segunda-feira (25), e será válido nos dias úteis (de segunda a sexta). Com isso, o atendimento presencial em bares é proibido. (veja abaixo as regras).

Na fase vermelha do Plano SP (que passa a vigorar a partir das 20h e segue até 6h em dias úteis, finais de semana e feriados) apenas serviços essenciais como padarias, mercados e farmácias, podem operar. Bares, restaurantes e comércio não poderão funcionar. A medida valerá, em todo o estado, para os próximos dois finais de semana (dias 30 e 31 janeiro e 6 e 7 de fevereiro).

Desde o início do ano, o governo paulista tem feito reclassificações semanais. No final de 2020, a gestão estadual chegou a colocar o estado na fase vermelha durante as festas de final de ano para tentar evitar aglomerações e, consequentemente, os riscos de contaminação.

O Plano São Paulo prevê o rebaixamento para fases com regras mais restritivas da quarentena em regiões que apresentam grande aumento semanal de novas internações, mortes, casos ou taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

As restrições de horários e serviços têm como objetivo diminuir a circulação das pessoas e, com elas, do vírus.

O QUE FUNCIONA NA FASE LARANJA
 

- Todos os setores de comércio e serviços passam a ser permitidos. A exceção é o atendimento presencial em bares, que continua proibido;

- Capacidade de ocupação: antes era de 20% e vai para 40% em todos os setores.

- Funcionamento máximo: ampliado de 4 para 8 horas por dia.

- Horário de fechamento: atendimento presencial só poderá ser feito até 20h.

- Parques estaduais, salões de beleza e academias: poderão abrir.

FASE VERMELHA APÓS 20H, FINS DE SEMANA E FERIADOS
 

Na fase vermelha, apenas serviços essenciais como padarias, mercados e farmácias, podem operar. Bares, restaurantes e comércio não poderão funcionar.

O que fica fechado:

- Comércio de rua e shoppings

- Bares e restaurantes

- Salões de beleza, cabeleireiros e similares

- Academias e centros esportivos

As atividades liberadas na classificação da fase vermelha são consideradas como serviços essenciais:

- Saúde: hospitais, clínicas, farmácias, clínicas odontológicas, lavanderias e estabelecimentos de saúde animal;

- Alimentação: supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres. É vedado o consumo no local;

- Bares, lanchonetes e restaurantes com serviços de entrega (delivery) e que permitem a compra sem sair do carro (drive-thru). Válido também para lojas em postos de combustíveis;

- Abastecimento: cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis e lojas de materiais de construção;

- Logística: estabelecimentos e empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos;

- Serviços gerais: lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica de produtos eletroeletrônicos e bancas de jornais;

- Segurança: serviços de segurança pública e privada;

- Comunicação social: meios de comunicação social, inclusive eletrônica, executada por empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;

- Construção civil, agronegócios e indústria: sem restrições.