Seis
pessoas foram presas em Porto Ferreira e Descalvado nesta segunda-feira
(10) durante uma operação conjunta da Polícia Civil, Grupo de Atuação
Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Ministério Público
(MP) de Piracicaba contra o crime organizado. As prisões são todas
preventivas.
Foram encontrados dois revólveres, munições, dinheiro, dois porretes,
caixas de bebidas, celulares, carteira, cartões de banco e chips de
celular.
A investigação aponta que os presos tinham envolvimento com o crime
organizado e que faziam bailes funk na região durante pandemia para
arrecadar dinheiro, usado no tráfico e na compra de armas.
Os policiais tinham sete mandados de prisões e nove de buscas e
apreensões. Foram cumpridos seis mandados de prisões porque uma das
pessoas já estava no Centro de Detenção de Araraquara.
"Foi feito um trabalho que não só juntou a organização criminosa como
também o conhecimento que nós tínhamos que eles vinham, durante a
pandemia, organizando festas clandestinas com funkeiros da capital. A
gente conseguiu vincular esses organizadores das festas com o crime
organizado, que também promovem o tráfico de drogas, roubo de residência
e veículos. Um dos objetivos dos bailes era alferir lucro, que é
dividido ou mesmo destinado à organização criminosa para compra de
armamentos e drogas para posterior revenda", disse o promotor do Gaeco
de Piracicaba Gustavo Luís de Oliveira Zampronho.
OPERAÇÃO
REVOADA
A Operação Revoada, nome dado às festas pelos criminosos, começou às 6h
e durou duas horas. Ela foi deflagrada com base em análise de celulares
apreendidos em outras ocorrências.
"A partir da análise desses materiais foi possível extrair algumas
informações, que foram compartilhadas com o Gaeco para que a gente
pudesse fazer um trabalho em conjunto, que resultou na operação de
hoje", disse o promotor.
A polícia também chegou até a organização criminosa após a prisão de um
suspeito no ano passado.
"Passamos a fazer um monitoramento e verificamos que a organização
criminosa passou a ser dirigida por um outro indivíduo. Diante disso, eu
representei junto o juiz de Porto Ferreira de decretaçãpo do mandado de
busca e apreensão domiciliar e fomos executar. A partir das
investigações, conseguimos estabelecer um organograma e a distribuição
dos indíviduos que estavam na liderança dessa organização criminosa em
Porto Ferreira", disse o delegado de Porto Ferreira Eduardo Henrique
Palmeira Campos.
Os presos na operação desta segunda-feira vão responder pelos crime de
organização criminosa e, alguns deles, por lavagem de dinheiro e porte
ilegal de arma.
*Fonte: G1/São Carlos
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