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Censo IBGE aponta quais religiões predominam em Descalvado Números mostram predominância do catolicismo, mas forte presença evangélica. Parcela da população que diz não ter nenhuma religião chega a 5,54%. |
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De acordo com os dados do IBGE, entre os habitantes do município, 69,89% se dizem católicos, número acima da média nacional, que é de pouco mais de 56%, enquanto 18,82% se denominam evangélicos. 5,54% não seguem um credo específico e 0,07% não quiseram declarar qual religião segue. A pesquisa também indica 2,03% de espíritas, 0,5% de adeptos da umbanda ou o candomblé e 3,16% de outras religiões, o que inclui, por exemplo, islamismo, judaísmo e budismo. As tradições indígenas ficaram com um percentual de 0%. Ao G1/Ribeirão Preto, o professor de história e doutor em ciências da religião, José Antônio Correa Lages explicou que a predominância do catolicismo ainda reflete uma herança histórica e familiar, enquanto o crescimento dos evangélicos tem forte relação com o acolhimento ofertado pelas diferentes igrejas, sobretudo as que atuam nas periferias. "Você tem toda uma dinâmica social nas igrejas evangélicas de acolhimento, de receber, de apoiar, principalmente essas igrejas de periferia. (...) Oferecem essa oportunidade de as pessoas serem acolhidas, serem apoiadas", explica. O percentual relevante de pessoas que não têm uma religião, por sua vez, pode ser explicada pelo aumento da escolaridade da população que, em contato com o ensino superior, tende a questionar mais a herança familiar religiosa. "Você tem as pessoas chegando até a universidade, onde você vai encontrar um ambiente, um espaço menos controlado a respeito desses assuntos. Então você tem uma tendência, por exemplo, de as pessoas abandonarem religião. Não é sair de uma e ir para outra, não é se converter para outra." Lages pondera, no entanto, que, em um mundo em constantes transformações, onde a saúde mental é abalada pelas redes sociais e pelo excesso de informação, a religião acaba sendo uma forma de encontrar equilíbrio emocional e acolhimento com outras pessoas. "Cada pessoa trabalha essa espiritualidade de acordo com o mundo em que vive (...) A espiritualidade, o mundo espiritual continua sendo e de maneira muito forte, uma forma de as pessoas tentarem resolver seus problemas pessoais", concluiu. O catolicismo segue sendo a maior religião no país, seguida da evangélica. Segundo o instituto, 56,7% da população brasileira afirmou ser católica em 2022, o menor percentual desde as primeiras pesquisas sobre religião realizadas no país, há 153 anos. Em 1872, quando o primeiro levantamento do tipo foi feito no país, os católicos representavam 99,7% da população.
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