A Portuguesa, que nada tem a ver com a má fase corintiana,
segue cada vez mais longe da zona de rebaixamento. Com 31
pontos, os lusitanos ultrapassaram o próprio Corinthians na
tabela. Ambos têm a mesma pontuação, mas a Lusa leva
vantagem no número de vitórias (oito contra sete).
Com o tropeço
fora de casa, a equipe comandada por Tite chegou ao oitavo
jogo sem vitória. Para piorar, o time alvinegro, dono da
melhor defesa do Brasileirão, levou pela primeira vez mais
de três tentos na mesma partida em 2013. Agora, a zaga tem
16 gols sofridos no torneio.
MASSACRE
DA LUSA - 45 minutos para o Corinthians esquecer. 45
minutos para a Portuguesa eternizar. Apesar do ataque com
Romarinho, Sheik e Guerrero, o Timão passou em branco. Mas o
mesmo não pode ser dito da Lusa. Muito pelo contrário.
Gilberto, sozinho na frente, deitou e rolou.
Com Correa,
Moisés e Souza em tarde inspirada, a Portuguesa abriu o
placar logo aos sete minutos. Correa cruzou na área e
Gilberto, de cabeça, venceu a marcação de Edenilson e
colocou a bola para o fundo do gol. Gil e Paulo André, os
titulares da melhor defesa do Brasileirão, apenas observaram
o lance.
Cinco
minutos depois, a defesa corintiana voltou a bater cabeça.
Correa, novamente livre na ala direita, levantou a bola na
área e encontrou Gilberto. A atacante da Lusa não encontrou
dificuldades para superar Gil, desviar de leve na bola e
enganar Cássio.
O segundo
gol da Portuguesa desmontou o sistema tático de Tite. O
Timão não sabia o que fazer com a bola no pé. E, para
piorar, não sabia como marcar a Lusa, que trocava passes
rápidos no meio-de-campo. Atuando pelas pontas, Sheik e
Romarinho tentavam, em vão, uma jogada ofensiva. Aos 16
minutos, pênalti para o Corinthians. Moisés Moura derrubou
Sheik dentro da área. Na cobrança, Guerrero chutou fraco e
Lauro defendeu.
A chance
desperdiçada por Guerrero deu um banho de água fria no time.
Ibson, aos 29 minutos, deu lugar a Danilo. Mas a alteração
não surtiu efeito. Com isso, a Portuguesa cresceu ainda
mais. E o terceiro gol não demorou muito a sair. Aos 31
minutos, Souza lançou Gilberto em profundidade. O atacante
avançou com velocidade, driblou Cássio e tocou a bola para
dentro do gol. Vantagem mais do que merecida.
GOLPE DE
MISERICÓRDIA - Tudo ou nada. Com a desvantagem no
placar, o Corinthians voltou ainda mais ofensivo para o
segundo tempo. Jocinei e Pato substituiram Igor e Paulo
André, respectivamente. E a mudança dupla deu certo. Nos dez
primeiros minutos, o Timão dominou o setor ofensivo e chegou
a marcar dois gols (Sheik e Pato). Mas ambos foram
invalidados (impedimento) pela arbitragem.
Apesar da
melhora dentro de campo, o Timão não conseguiu anular as
principais jogadas do adversária. A defesa, por sua vez,
seguia confusa. Souza e Moisés, livres de marcação, deram
ainda mais trabalho para Gil e Ralf, que foi deslocado para
jogar na defesa.
Para "fechar
com chave de ouro" a péssima atuação, Gil, aos 20 minutos,
recebeu o cartão vermelho por acertar com o braço no volante
Bérgson. Com dez jogadores em campo, o caos tomou conta do
Timão.
Abatido e
sem poder de reação, o Corinthians praticamente se entregou
em campo depois da expulsão de Gil. Wanderson, aos 34
minutos, marcou o gol que calou de vez o Morenão. O atacante
recebeu em profundidade, driblou Cássio, tocou a bola para o
fundo do gol e correu para o abraço da torcida. E que
abraço. Como não se esbaldar de emoção com uma vitória por 4
a 0 em cima do Corinthians?
Do lado da
Portuguesa, abraços e elogios. Do lado do Corinthians, vaias
e duras críticas. Como não se preocupar com a fase vivida
pelo time do Parque São Jorge? A zona de rebaixamento é logo
ali.
PRÓXIMOS
JOGOS - Na próxima quarta-feira, às 19h30, a Portuguesa
enfrenta o Cruzeiro, no Mineirão. O Corinthians, por sua
vez, recebe o Bahia, às 21h50, no Pacaembu. Ambos os duelos
são válidos pela 25ª rodada do Brasileirão.
*Com informações do Terra/Esporte
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