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Na tarde desta
terça-feira, 18, o Coronel Antônio Cesar Cardoso do Comando de
Policiamento do Interior (CPI-3), sediado em Ribeirão Preto, e
que coordena os trabalhos da Polícia Militar em 93 municípios,
visitou as dependências do 38º Batalhão de Polícia Militar no
município de São Carlos, reunindo-se em seguida com os
policiais militares no auditório da Embrapa/Instrumentação.
Durante a reunião com os policiais, o Coronel Cardoso,
explanou sobre algumas medidas que estão sendo tomadas pelo
comando da Polícia Militar para averiguar as ondas de ataques
contra PM's nos últimos dias. |
Segundo
relatou o Coronel, as informações chegam diariamente ao
comando da PM que imediatamente as vem
repassando aos policiais militares. Sobre as
investigações da morte do soldado Marcos Aurélio de Santi, assassinado com
6 tiros na Vila Jacobucci em
São Carlos, no último dia 14, o Coronel disse que as
investigações estão a cargo da Polícia Civil e que a
Polícia Militar vem realizando o acompanhamento dos
trabalhos. O Coronel se reuniu ainda com o
Tenente-Coronel Luis Antonio Fernandes Rosa e com o
Major Paulo Wilhelm de Carvalho, comandante e
sub-comandante da PM na região de São Carlos, e que
também coordenam os trabalhos nos municípios de Ribeirão
Bonito, Dourado, Ibaté, Descalvado, Santa Rita do Passa
Quatro e Porto Ferreira.
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Indignação e revolta marcaram o velório e o enterro do
Policial Militar Marcos Aurélio de Santi, no último dia
15
Foto: Ely Venâncio / EPTV |
Em entrevista ao
site NOTICENTRO, o comandante do CPI-3 informou que a Polícia
Militar não trabalha isoladamente. Segundo ele, o artigo 144 da
Constituição Federal cuida da Segurança Pública como um todo e
por isso as Polícias Federal, Civil e Militar trabalham em
conjunto para levar a segurança não só para a sociedade civil,
mas também aos policiais militares que estão sendo instruídos
pelos seus comandantes. "Nós estamos alertando a todos para o
problema, mas apesar de tudo sabemos que isto irá passar e os
responsáveis serão presos o mais rápido possível", afirmou o
Coronel.
Também na tarde
desta terça-feira, 18, a Justiça de Araraquara decretou a prisão
temporária do suspeito de matar o sargento da Polícia
Militar
Adriano Simões da Silva, de 36 anos,
executado com 17 tiros na noite do último sábado, dia 15, quando
fazia a segurança particular de um mercado na periferia
da cidade. O comando da PM ainda investiga se há ligação entre
os dois crimes, mas um policial, que preferiu não se
identificar, disse à reportagem do site G1/São Carlos não ter
dúvidas sobre a ligação nos crimes: “Nós temos informações que a
facção criminosa que atua em São Paulo é que está matando os
policiais”, disse o policial.
Ainda segundo
ele, as execuções dos policiais seria
por vingança pela morte de nove criminosos em Várzea
Paulista durante uma operação da rota na terça-feira, dia 11 de
setembro. O
grupo de elite da PM atacou um grupo que organizou uma espécie
de tribunal do crime para julgar um suspeito de ter estuprado uma menina
de 12 anos.
COPOM –190
O coronel
Cardoso também
falou sobre alguns problemas que estão sendo encontrados no
Centro de Operação da Polícia Militar (COPOM) de Ribeirão Preto,
que a cerca de 90 dias vem recebendo as ligações 190 das cidades
da nossa região. Cardoso informou que para melhor administrar os
despachos de ocorrências, o COPOM passou a ser regionalizado não
só em Ribeirão Preto, mas em todo Estado de São Paulo. Ele disse
que hoje a PM trabalha com uma tecnologia de ponta, fazendo com
que as ligações recebidas pela central 190 sejam direcionadas
rapidamente, garantindo o pronto atendimento à população. Disse
também que toda adaptação apresenta algumas falhas, que estão
sendo sanadas aos poucos, e o objetivo dessa mudança é a diminuição
do tempo
de resposta com o auxílio da tecnologia. |