|
Por volta das 14h00
deste sábado (7), o Centro de Operações da Polícia Militar
(COPOM) recebeu denúncia anônima informando que nas imediações
do campo de futebol do Bairro Santa Cruz, haviam algumas pessoas
efetuando o tráfico de entorpecentes.
Deslocada até o
local, uma viatura da PM efetuou a abordagem de algumas
pessoas que agiam em atitudes suspeitas e acabou localizando de posse de um
menor, 10 pedras de crack e duas cédulas de dinheiro - uma de R$
20 reais e a outra de R$ 10. Indagado a respeito da procedência
da droga e do dinheiro, o menor disse que havia "encontrado" a
droga e o dinheiro em um local próximo dali. |
Diante do flagrante de porte de entorpecentes, R.A.S.G., de 14
anos, estudante da escola Padre Orestes Ladeira, foi conduzido
até a Delegacia de Polícia para que a autoridade de plantão e o
Conselho Tutelar tomassem conhecimento do fato. Após a lavratura
de um termo circunstanciado, o menor foi entregue ao seu
responsável legal.
FREQUENTE - Em
conversa informal com os policiais militares que efetuaram o
flagrante, fomos informados de que este tipo de delito está cada
vez mais comum em nosso município. De fato, o
DESCALVADO NEWS
têm publicado frequentemente matérias que trazem a captura e a
apreensão de menores envolvidos em crimes relacionados às
drogas. A conhecida tática dos traficantes, que utilizam esse
tipo de infrator para a venda de entorpecentes, demonstra a
fragilidade da legislação brasileira em coibir e punir tal
prática.
Também em
conversa informal com o menor detido na tarde deste sábado,
nossa reportagem obteve a informação de que esta seria a
primeira vez em que ele teria se envolvido com o porte de
entorpecentes. Se isso de fato é verdade, não há como saber, mas
ao ser indagado a respeito de como deveria ser a reação da sua
família ao saber do seu envolvimento com este tipo de crime, o
menor acabou confessando que a sua grande preocupação naquele
momento era justamente a reação do seu pai, que além de ter que
buscá-lo em uma delegacia de polícia, também teria que se
ausentar do trabalho.
Este breve
relato do menor infrator mostra que mesmo não tendo uma
estrutura familiar sólida - e que acaba contribuindo
sobremaneira para o aliciamento cada vez mais precoce de
adolescentes - a descoberta do envolvimento de um membro no
mundo do crime, abala o frágil (e muitas vezes superficial)
relacionamento familiar, destruindo lares, famílias, e
principalmente, o futuro desses jovens. Com tudo isso, fica no
ar a seguinte pergunta: "Será que existe uma solução para esse
problema?"
|