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O comandante da Guarda Civil Municipal de Araraquara (SP), Rudi Bauer, informou
nesta quinta-feira (12) que 12 guardas foram afastados do trabalho depois das
denúncias de uso indevido das câmeras de vigilância. Um vídeo divulgado na
quarta-feira (11) revela que os responsáveis pelo monitoramento focalizam partes
íntimas de mulheres nas ruas, quando deveriam observar situações suspeitas. Nas
imagens, uma mulher e um casal são focalizados pelas câmeras de forma
constrangedora. Uma
sindicância administrativa já foi aberta pela Prefeitura para
apurar a conduta dos funcionários da GCM. O promotor Raúl de
Melo Franco Júnior, encarregado da denúncia, deu um prazo de 15
dias para |
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que a Prefeitura
informe as medidas tomadas no caso. Araraquara tem hoje 24
câmeras espalhadas pela cidade e, segundo a assessoria de
imprensa da Prefeitura, 16 funcionam.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Eli Schiavi, os guardas afastados da
Central de Monitoramento continuam trabalhando em outras funções na GCM e ainda
não há provas concretas do envolvimento deles no caso. A Prefeitura não informou
como chegou aos nomes dos afatados e também não divulgou em qual turno
trabalham. “Nas imagens que nós vimos até agora não dá para ver data e horário,
mas assim que tivermos essas informações teremos condições de identifica-los
porque existe uma escala documentando quem trabalha em cada turno”, explicou.
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Além desses vídeos,
os guardas municipais também teriam uma pasta com mais gravações
de partes íntimas de mulheres. Todas também teriam sido feitas
pelas câmeras de monitoramento e compartilhadas entre eles. “Nós
já fizemos uma varredura e não encontramos nada de irregular no
nosso setor de monitoramento, talvez tenham criado uma pasta em
computadores particulares”, afirmou o secretário. Os moradores da
cidade ficaram indignados com a falta de privacidade gerada pela
falta de comprometimento dos operadores do equipamento. “Falta
de respeito com o |
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próprio
serviço e deveriam prestar atenção em outras coisas, os
bandidos estão soltos”, disse o operador de empilhadeira
Inácio de Almeida. “Se o profissional está lá para fazer
o serviço dele, deve fazer com decência, não ficar
fazendo esse tipo de coisa, que é uma falta de respeito
com a população”, comentou a professora Lenice
Gonçalves. |
O VÍDEO - Um
vídeo divulgado pela vereadora Gabriela Palombo (PT) e entregue
ao Ministério Público revelou que os responsáveis pela
vigilância focalizam partes íntimas de mulheres nas ruas, quando
deveriam monitorar situações suspeitas.
O material exibe
duas situações em que uma mulher e um casal são focalizados
pelas câmeras de forma constrangedora. Na primeira situação, uma
mulher que anda pela Rua Nove de Julho, um dos principais
corredores comerciais da cidade, é seguida pelas câmeras,
enquanto seu decote era focalizado.
Em outra parte
do vídeo, um casal de adolescentes é flagrado enquanto namora em
um banco da Praça Pedro de Toledo, na região central. No momento
em que os jovens se beijam e se acariciam o responsável pelo
monitoramento foca no meio das pernas da garota.
JOGO DE FUTEBOL
- Além dos vídeos, duas fotos mostram irregularidades na conduta
dos funcionários responsáveis pela vigilância das ruas da
cidade. Em uma delas é possível ver o o monitor principal da
Central de Câmeras sintonizado em um jogo de futebol. Outra foto
mostra os monitores, que deveriam funcionar 24 horas, desligados
e sem nenhum funcionário na sala de operações.
*Fonte:
G1/São Carlos / Vídeo: Portal K3
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