Altura máxima
permitida para a ponte é de 2,20 metros
Foto: Porto Ferreira Hoje |
Limitadores de
altura instalados em uma ponte metálica de Porto Ferreira estão
gerando polêmica entre os moradores. A estrutura com mais de 100
anos liga a região central a seis bairros da cidade, mas a
limitação impede a passagem, por exemplo, do caminhão do Corpo
de Bombeiros e atrasa os serviços de socorro. Segundo a
Prefeitura, alterações serão feitas no local em até 40 dias.
Os limitadores de
altura foram colocados para impedir o trânsito de caminhões
altos e pesados que pudessem danificar a ponte centenária.
Placas alertam que veículos com altura acima de 2,20 metros são
proibidos de atravessar a estrutura, que tem capacidade para
oito toneladas. |
Não há balança e o controle é feito apenas pela altura e
caminhões mais baixos podem passar carregados. Entretanto,
motoristas reclamam que o peso nem sempre está relacionado com o
tamanho. “Acho um absurdo impedirem a altura com tanto caminhão
que passa carregado com areia e pedra, além do peso permitido,
porque a gente também poderia passar com um caminhão alto
vazio”, comentou o caminhoneiro Sérgio Pizatta.
A placa que limita a altura está amassada, um sinal de que muitos motoristas de
caminhões e vans tentaram atravessar. Moradores reclamam que o socorro também
fica comprometido, já que a ponte fica no meio da cidade, mas o Resgate do Corpo
de Bombeiros precisa atravessar a cidade por outra ponte, que fica a cinco
quilômetros e, com isso, o tempo de atendimento demora, até seis minutos a mais.
Dificuldade
- Quando o acidente ocorre em cima da ponte fica ainda mais
difícil realizar os trabalhos. “Como o limitador fica dos dois
lados da ponte a viatura tem que ir até mais próximo desse
limitador, a guarnição desembarca, pega maca, vai até o meio da
ponte, à pé, socorre a vítima e volta até a viatura para
socorrer a vítima efetivamente”, explicou o comandante Mateus
Nogueira.
A ponte
construída sobre o rio Mogi-Guaçu teve os partais que limitavam
a altura retirados no ano passado, mas o tráfego de veículos
pesados aumentou, o que podia danificar a estrutura e a ponte
começou a apresentar rachaduras.
O diretor do
Departamento de Governo da cidade, Eduardo Viana, afirmou que
novos obstáculos serão instalados para limitar o peso, mas
permitirão o acesso do Corpo de Bombeiros. “Pensamos na
construção de um redutor de velocidade, de um estrangulamento
feito com barreira de tijolos, com sinalização adequada e a
elevação deste limitador ao ponto máximo que permita a passagem
do Resgate do Corpo de Bombeiros”, comentou. A previsão que as
alterações comecem a ser feitas em até 40 dias.
*Fonte: G1/São Carlos
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