A Polícia Federal informou que nos dois municípios foram apreendidos documentos
contábeis em autarquias municipais. As Prefeituras de Araras e Porto Ferreira
seriam clientes da empresa fraudulenta desde 2012.
De acordo com a investigação, a quadrilha formou uma empresa de consultoria
financeira que oferecia o serviço para indicar as melhoras opções de
investimento aos institutos de previdência nas cidades. Os suspeitos alegavam
que encontrariam estratégias para complementar a aposentadoria dos servidores
municipais só com a contribuição deles, sem que fosse necessário recorrer aos
cofres municipais.
Ainda segundo a
PF, a consultoria foi contratada pelos municípios, que fraudavam
as licitações. A empresa repassava parte do dinheiro que ganhava
aos gestores dos institutos de previdência, o que configura
crime de corrupção.
Todo o material
apreendido foi encaminhado à sede da PF em São Paulo, onde a
investigação está concentrada. A ação desta quinta faz parte da
segunda etapa da operação. Na primeira etapa, que ocorreu em
março de 2014, seis pessoas foram presas na capital paulista,
suspeitas de comandar a quadrilha.
ARARAS
- A Araprev, serviço de previdência social de Araras, informou
por meio de nota que as empresas investigadas prestaram serviço
para a autarquia no ano de 2006 e no período entre 2008 e
fevereiro de 2014. A nota ainda afirma que as empresas forneciam
informações sobre o mercado de capitais e ambos os contratos já
foram encerrados.
A direção da
Araprev disse que acolheu e colaborou com os agentes da PF,
fornecendo todos os documentos solicitados, entre eles a cópia
da ata da reunião de 13 de março, quando foi decidida a rescisão
do contrato.
Além disso, o
serviço afirmou que todos os investimentos e atos da autarquia
são feitos com base em regras rigorosas. Por fim, a Araprev
afirmou que vai colaborar com a investigação.
PORTO FERREIRA
- A Prefeitura de Porto Ferreira declarou que os contratos com
as empresas investigadas são de responsabilidade do fundo de
previdência do município, que não foi encontrado para comentar o
caso.
*Com
informações do G1/São Carlos
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