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A Agência Nacional de Energia Elétrica deu um motivo muito forte para todos os
brasileiros diminuírem o consumo, nessa crise de abastecimento. Pelos cálculos
da Aneel, a conta de luz vai ficar ainda mais cara.
As mudanças começam
no sistema de bandeiras tarifárias, que avalia as condições de
geração de energia. Mal entrou em vigor - agora em janeiro - e
já será revisto.
A bandeira em
prática atualmente em quase todo o Brasil é a vermelha, que
acrescenta R$ 3 para cada cem |
quilowatts-hora consumidos.
Ela é adotada quando os custos de geração de energia estão altos por
causa do acionamento de termelétricas. Este valor vai subir, mas a
agência não informou de quanto será o reajuste.
Outra decisão e um segundo
impacto na tarifa de energia elétrica: o consumidor terá que bancar
sozinho a Conta de Desenvolvimento Energético, a chamada CDE.
A Conta de
Desenvolvimento Energético é um fundo que tem ajudado a cobrir as
despesas do setor elétrico. No ano passado, o Tesouro Nacional repassou
para esse fundo R$ 11 bilhões. Para este ano, estavam previstos R$ 9
bilhões, mas o Ministério da Fazenda anunciou em janeiro que o
governo não vai repassar nada. O dinheiro que terá de vir do consumidor.
O orçamento
prevê despesas de quase R$ 26 bilhões, para uma receita de
apenas R$ 2,75 bilhões. Os R$ 23 bilhões restantes terão de ser
pagos pelo consumidor. Por isso, a fatia na conta de luz
referente à CDE terá um reajuste de 3,89% para as regiões Norte
e Nordeste. Para o Sul, Sudeste e Centro-Oeste será de quase
20%. Essas três regiões, ainda terão o aumento de mais 6%, para
pagar o custo mais caro da energia gerada por Itaipu. O valor
final do reajuste nas contas ainda não está definido.
“Quanto esse efeito
significa na tarifa vai ser feito um cálculo que é diferenciado
empresa por empresa. Cada concessionária tem a sua tarifa e esse
impacto será analisado individualmente por empresa”, comenta
Romeu Rufino, diretor Aneel.
Além desse
aumento extra, a Aneel começou a definir nesta terça-feira (3)
os reajustes anuais a que a distribuidoras têm direito. Seis
distribuidoras foram autorizadas a praticar reajustes que variam
de 24,89% a 45,70%, a partir deste mês.
Os reajustes da
bandeira tarifária e da conta de desenvolvimento energético só
vão entrar em vigor depois de consultas públicas.
Veja ao lado a
lista e o percentual de reajuste médio das seis distribuidoras.
*Com
informações do G1
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