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Com o excesso de chuva, moradores de ranchos e chácaras da Vila Sibila, às
margens do Rio Mogi Guaçu, em Porto Ferreira, já começam a se preocupar com o
nível da água. Desde a última sexta-feira (20), ele subiu 30 centímetros. A
Defesa Civil passou a considerar estado de alerta. Em Pirassununga, algumas ruas
de bairros que ficam em regiões mais baixas ficaram alagadas.
O aposentado Rui Ramos [foto
ao lado] está com
medo, já que o rancho onde mora em Porto Ferreira alagou em outras
vezes. No ano passado, ele perdeu um motor com guincho de aço usado para
retirar o barco de dentro do rio, porque o equipamento, que até pode
molhar, ficou |
submerso, e aí, por causa
do excesso de água, parou
de funcionar. Ramos precisou comprar outro, um prejuízo de R$ 4,8 mil.
ALVENARIA
- Dentro de casa, tudo feito de alvenaria. Então, assim que percebe que
o rio pode transbordar, ele levanta as almofadas e vai dando um jeito em
tudo. “A mesa de cimento eu aproveito para por a geladeira e o fogão em
cima. O resto a gente vai erguendo tudo porque o rio arrasta tudo,
cobra, aranha, esse é o perigo de você às vezes ter alguma porta aberta,
então tem que estar sempre bem fechado”, contou.
O aposentado está
preocupado porque o nível normal do rio é de 2 metros de altura, mas já
está bem cheio. No domingo (22), atingiu 4,6 metros, 30 centímetros a
mais em relação a sexta-feira (20), quando estava com 4,3 metros. Nesta
época, no ano passado, o rio transbordou e várias pessoas ficaram
ilhadas. Na zona rural, cerca de 200 casas alagaram.
A chuva dos últimos dias já
começa a atrapalhar a vida de alguns moradores. Um dos acessos da
Avenida Nossa Senhora Aparecida, também na Vila Sibila, está com excesso
de água no meio do caminho e já impossibilita a passagem. Por conta
disso, o cabeleireiro Denison Luan disse que leva 40 minutos a mais para
chegar. *Fonte: G1/São Carlos
(Foto: Ely Venâncio)
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