afastando o fantasma da febre aftosa, o que é
muito importante para a sanidade do rebanho bovino”. E apontou que “a
Secretaria tem discutido para caminhar no sentido de em breve credenciar
o Estado como zona livre de aftosa sem vacinação”.
O coordenador da Defesa
Agropecuária, Fernando Gomes Buchala, destacou que além do contingente
de 11 milhões de cabeças do rebanho paulista, São Paulo recebe, por ano,
mais de 2 milhões de animais vindos de outros Estados - para abate ou
para terminação. “São de nossos frigoríficos que exportamos carne para
ao Brasil e para mais de 160 países”, disse.
O coordenador lembrou que o
Estado está há 21 anos sem registro da doença, o que mostra um esforço e
a conscientização dos produtores, do setor e do governo para almejar
novas conquistas. “Até 2021, fazermos a retirada gradativa da vacinação
para que possamos conseguir junto à Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE) o reconhecimento de Estado livre da febre aftosa sem vacinação.
Com esse novo reconhecimento, poderemos ampliar o número de países que
compram a carne de São Paulo, além de agregar valor ao nosso produto”,
disse Buchala.
Consciente da importância
de vacinar contra a febre aftosa, Ivone Cristovão, que tem propriedade
no município de Buritizal-SP, destacou alguns cuidados que são
importantes na hora de vacinar os 38 bovinos da propriedade. “Os
cuidados começam no momento que a vacina sai da loja, pois tem um jeito
correto de acondicionar e a geladeira não pode ficar abrindo e fechando.
Às vezes já fazemos a vacinação quando chega e vacina”, explicou Ivone.
Participaram do lançamento
da campanha Orlando Melo de Castro, coordenador da Agência Paulista de
Tecnologia dos Agronegócios (Apta); João Brunelli Júnior, titular da
Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati); Benedito Carlos
Dias, diretor do EDA de Ribeirão Preto; Renata Helena Branco Arnandes,
diretora do Instituto de Zootecnia; Nilton César Teixeira, vice-prefeito
de Sertãozinho; Rogério Magnini dos Santos, vereador de Sertãozinho; e
João Sanches, ex-vereador e presidente do PPS em Sertãozinho.
Cuidados para garantir uma
boa vacinação:
- adquirir vacina somente
em estabelecimentos cadastrados pela Coordenadoria de Defesa
Agropecuária. A legislação proíbe o uso de vacinas contra a febre aftosa
adquiridas em etapas de vacinações anteriores;
- a vacina deve ser mantida
refrigerada, entre 2 e 8 graus centígrados, tanto no transporte como no
armazenamento, usando para isso uma caixa de isopor, com no mínimo dois
terços de seu volume em gelo. A vacina não deve ser congelada;
- escolher o horário mais
fresco do dia para realizar a vacinação;
- vacinar de preferência no
terço médio do pescoço (tábua do pescoço). Independente da idade, a dose
é de 5 ml de vacina. A vacinação é obrigatória para todos os bovinos e
bubalinos com até 24 meses;
- usar seringas e agulhas
higienizadas - sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro);
- substituir a agulha com
frequência, para evitar infecções;
- manter os frascos da vacina resfriados durante a operação;
- classificar os animais
por idade (era) e sexo, para evitar acidentes durante a vacinação;
- a vacinação deve ser
realizada de 1 a 31 de maio de 2017. O criador tem até o dia 7 de junho
para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária ou
pelo sistema informatizado Gedave. É preciso ainda, declarar todo o
rebanho bovídeo e também todos os animais de outras espécies existentes
na propriedade, tais como: equídeos (equinos, asininos e muares),
suideos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos e aves (granjas
de aves domésticas, criatórios de avestruzes).
A vacinação contra a febre
aftosa é obrigatória. O criador que não vacinar ou não comunicar a
vacinação à Defesa Agropecuária sofrerá as seguintes penalidades: multa
de 5 Ufesps, ou seja R$ 125,35 por cabeça por deixar de vacinar, e 3
Ufesps, ou seja R$ 75,21 por cabeça por deixar de comunicar a vacinação.
O valor de cada Ufesp - Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é de R$
25,07
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