88% contra 12% de homens.
Isso confirma o predomínio da doença entre as mulheres.
Do total de participantes, o diagnóstico de cefaleia que prevaleceu foi
o da enxaqueca – 87% ou 1912 pessoas, das quais 946 sofrem de cefaleia
episódica – ou seja, com menos de 15 dias de ocorrência por mês. Entre
essas 1912 pessoas, 966 têm o tipo crônico.
AUTOMEDICAÇÃO
- A maior diferença entre os pacientes de enxaqueca episódica e da
crônica é na questão sobre abuso de analgésicos – 36% entre os primeiros
contra 74% entre os segundos tomam medicamentos além do recomendado. “O
paciente crônico realmente abusa mais de analgésicos”, atesta o
neurologista Marcelo Ciciarelli, membro titular da ABN e coordenador da
pesquisa. A questão da utilização de remédios para sanar a dor de
cabeça, aliás, é um dos pontos que mais chama a atenção. Entre a
totalidade dos participantes, 81% declararam que tomam medicamentos sem
a orientação de um profissional.
O problema da automedicação
se estende entre a própria população. As respostas mostram que 58% das
pessoas que sofrem de dor de cabeça indicam analgésicos para os outros,
e 50% aceitam as indicações de não profissionais. Apenas 61% dos
entrevistados afirmaram que procuraram auxílio médico.
A pesquisa indica ainda que
as pessoas que estão sofrendo com a cefaleia, principalmente com a
enxaqueca crônica, precisam de atenção e muitas vezes não sabem como
conseguir. “Nosso intuito é mostrar que o melhor caminho para
interromper o sofrimento com as dores de cabeça é buscar um bom
acompanhamento médico”, conclui o neurologista.
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