No
dia em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o
DESCALVADO NEWS
traz um pouco da história de vida e de trabalho de três mulheres que se
destacaram pela dedicação à família e à comunidade descalvadense.
Histórias que comovem, inspiram e são dignas de exemplo para todas
aquelas que pensam em trilhar os mesmos caminhos destas nossas heroínas.
Como todos sabem, o dia 8
de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas (ONU) como o Dia
Internacional da Mulher. A data é comemorada em diversos países do
mundo, incluindo o Brasil, e na verdade, a origem da celebração nos
remete à 1903, quando profissionais liberais norte-americanas criaram a
Women's Trade Union League. Esta associação tinha como principal
objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de
trabalho.
Porém, o Dia
Internacional da Mulher foi comemorado pela primeira vez somente em
1909, nos Estados Unidos. Originalmente chamado Dia Internacional da
Mulher Trabalhadora, a primeira celebração foi realizada em 28 de
fevereiro de 1909, em Nova York, organizada pelo Partido Socialista da
América (em memória de uma manifestação ocorrida em 1908 promovida pela
União Internacional de Trabalhadores de Vestuário de Senhoras).
Em 1917, nas
manifestações que marcaram o Dia Internacional da Mulher em São
Petersburgo (Rússia), na última quinta-feira de fevereiro (que caiu no
dia 8 de março no calendário gregoriano), desencadeou uma greve na qual
as mulheres de São Petersburgo exigiam o fim da Primeira Guerra Mundial,
o fim da escassez de alimentos na Rússia e o fim do czarismo. Esse
evento foi o estopim da greve geral que marcou o início da revolução
russa.
O Dia Internacional da
Mulher foi declarado feriado nacional na Rússia Soviética em 1917, e
depois alguns outros países comunistas como a China e Cuba. A partir
disso, o movimento se difundiu pelos demais países e em 1975 a ONU
designou aquele ano como o ‘Ano Internacional da Mulher’, e começaram a
patrocinar o Dia Internacional da Mulher no dia 8 de março entre os
estados-membros.
Como forma de homenagear
esta importante data, o
DESCALVADO NEWS
resolveu contar a historia de três grandes guerreiras de Descalvado, que
dedicaram toda uma vida para o próximo. Cada uma em sua área de atuação
(Assistência Social, Saúde e Educação), poderiam nos contar aqui uma
infinidade de histórias emocionantes vivenciadas por elas ao longo dos
anos de profissão. E cada uma delas resumiu em uma única palavra, o
sentimento que melhor representa a vida e o trabalho de cada uma delas.
Acompanhe:
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AMOR
– A profissão de Assistente Social surgiu no Brasil na década de
30, sendo que o curso superior foi oficializado no ano de 1953 e
hoje, dia 15 de Maio é comemorado o dia do Assistente Social. A
Assistente Social é uma profissional que luta pela justiça dos
direitos fundamentais destinados a todos os cidadãos, pela
cidadania, pelo AMOR ao que faz.
E é com essa
palavra que podemos resumir a história de vida e de trabalho da
nossa primeira homenageada. A Assistente Social Maria José Romão
Bertini, de 66 anos, é servidora pública municipal contratada
pela Prefeitura desde a década de 70.
Dona Zezé
começou sua jornada na carreira de Assistente Social na União
Descalvadense de Obras Sociais |
(UNIDOS), logo após ter se formado, em
meados da década de 1970. Desde então, Dona Zezé vem atuando na
área social e atualmente é uma das servidoras com mais tempo de
serviço na Prefeitura de Descalvado. |
Casada, a Assistente
Social que também dedica boa parte do seu tempo à vida religiosa [ela
também foi catequista por muitos anos], conta que é mãe da Juliana, uma
filha de coração que foi criada por ela desde que nasceu. Hoje a filha
reside em Campinas e exerce a profissão de fonoaudióloga. E pra quem
acha que essa história já é mais do que uma prova de amor e dedicação ao
próximo, Dona Zezé contou que ainda cuidou da sobrinha Daniela, que
perdeu a mãe quando ainda era uma criança, e que hoje também já e mamãe,
de quem a Assistente Social afirma com muito orgulho ser avó.
Sobre a profissão, não
há dúvidas de que a escolha feita foi mais do que acertada. “Se eu estou
aqui até hoje, é porque eu amo o que faço! Eu amo atender as pessoas!
Quando eu atendo, as vezes eu vejo as pessoas retornarem não para
agradecer, mas para contar que tudo acabou dando certo. Mas dá pra gente
sentir aquele sentimento de gratidão, e isso nos faz muito bem!”,
explica a Assistente Social.
“Até hoje, pessoas que
eu atendi há muito tempo atrás, ainda me encontram e conversam comigo
relembrando alguma história de ajuda que acabou marcando a vida a vida
delas. Isso pra mim é o mais importante. È muito gratificante saber que
eu deixei algo. Isso pra mim é amor ao próximo!”, contou Dona Zezé.
E dentre as várias
histórias, pedimos que a Assistente Social nos contasse uma que a tenha
marcado ao longo dos mais de 40 anos de profissão. “Tem uma história, de
um funcionário da Prefeitura inclusive. Ele já faleceu inclusive, mas na
época a esposa dele estava com um grave problema de visão e estava quase
cega por conta de uma catarata. Naquele época, nós não tínhamos aqui os
médicos que podiam fazer a cirurgia, e então eu consegui uma cirurgia
pra ela lá em Pirassununga, através da Assistência Social, e aí eu nunca
me esqueço, porque toda vez que ele me encontrava ele falava que se não
fosse eu, a esposa dele não estaria mais enxergando, e mesmo eu dizendo
que não, que eu fiz apenas o meu dever, minha obrigação fazer isso, mas
ele insistia em dizer que foi graças ao meu empenho que a esposa não
havia perdido a visão. Nessa minha profissão, a gente percebe quando uma
pessoa fica realmente grata, quando o sentimento vem do coração, e isso
realmente me marcou!”, relembrou Dona Zezé.
Quanto a ser mulher,
Dona Zezé disse acreditar que na época em que começou a trabalhar, as
coisas eram um pouco mais difíceis comparadas aos dias de hoje. “Eu acho
sim. Eu acho que naquela época a gente era mais fechada, mais reprimida.
Hoje a gente percebe pelas meninas, pelas jovens que estão chegando para
trabalhar, que existe uma diferença sim”, contou.
Questionada sobre um
conselho que daria para estas jovens que estão chegando para atuar na
área da Assistência Social, Dona Zezé foi incisiva em sua resposta. “Não
pensar em dinheiro, não pensar em salário. Eu acho que você trabalhar na
área social ou na área da saúde, você não pode pensar em ganhar X. Eu
acho que você tem que trabalhar por amor. É doação!”, respondeu ela.
“Tem gente que fala que
nós trabalhamos como assistencialismo. Não, não é assistencialismo! Aqui
a gente não pode pensar em dinheiro, em salário. Quando você estuda pra
ser assistente social, você tem que ter vocação!” completou.
Sobre os planos futuros
e de prosseguir com o trabalho de assistente social, Dona Zezé disse que
ainda não pensou nisso. “Por enquanto eu não tenho planos! Se Deus me
der a graça de continuar mais um pouquinho, aí não depende de mim não é
mesmo? (risos)”, disse ela.
Dona Zezé terminou a
entrevista respondendo a uma pergunta que fizemos questão de repetir
para as nossas duas próximas homenageadas. É difícil ser mulher? “Eu
acho que pra algumas pessoas poder ser, mas pra mim não é difícil.
Depende de como a gente conduz a nossa vida né? Mas de verdade, eu nunca
havia pensado nessa pergunta. Mas eu acredito que em alguns aspectos é
mais difícil sim, porque a gente vive num mundo competitivo não é mesmo?
A mulher ainda ganha menos do que o homem, ainda existe o preconceito
não é mesmo? Então neste ponto, eu acho que é mais difícil sim. Mas pra
mim, felizmente, não foi difícil!”, concluiu Dona Zezé.
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REALIZAÇÃO -
A realização é um sentimento de plenitude que nos preenche
sempre que nos sentimos agindo em total sintonia com a nossa
alma. Uma das áreas da vida em que esta sensação se torna mais
significativa é a profissional. Afinal, é no trabalho que
passamos a maior parte das horas de cada dia. E para a nossa
segunda homenageada, ter um trabalho que se harmonizou com a sua
natureza foi tão importante, que parece ter definido inclusive a
sua condição de saúde, já que prestes a completar 80 anos idade,
ela nos transparece estar em pleno vigor e ainda com uma longa
jornada pela frente.
Iolanda Maria
Rebello Bortoletto, conhecida por todos como ‘Dona Landinha’, é
professora aposentada, e em 2017 estará completando 80 anos |
de
idade. Mãe de quatro filhos (Eliana, Edson, Rosana e
Luciana), ela também é avó de 7 netos e bisavó de outros dois. |
Dona Landinha ficou
viúva em 1981, aos 43 anos. Perguntada sobre como foi ter que criar os
quatro filhos em uma época tida como muito mais difícil para as
mulheres, a professora aposentada disse que não tinha outra coisa a ser
feita a não ser seguir em frente. “A Eliana já estava casada, e a gente
teve que continuar né? Tive que agarrar a seguir em frente! E assim eu
fiz! Todo mundo falava para arrumar um namorado, mas não, eu falei vou
criar meus quatro filhos, esperar todos casarem, pra depois pensar em
mim!”, relatou. E foi mesmo o que ela fez, inclusive costurando e
cozinhando para fora. “As vezes eu ia dormir as duas e meia da manhã,
mas as seis eu já tava de pé, pras crianças irem para a escola!”,
relembrou. O resultado de todo o sacrifício valeu a pena, já que hoje
todos os filhos estão casados e com as suas famílias constituídas.
“A minha era professora
e uma mulher de muita garra; o meu pai trabalhou quase trinta anos em
jornal, e eles bastante rígidos na minha educação, tanto que eu estudei
em colégio de freiras”, explicou Dona Landinha ao relembrar que a
educação recebida pelos seus pais ajudou no momento em que ela ficou
viúva e com os filhos para criar. “Eles tinham hora pra chegar, tinham
que falar aonde iam, e assim a gente foi seguindo”.
Sobre a escolha de
seguir com a profissão de professora, Dona Landinha disse ter sido uma
escolha própria e pessoal, apesar de no final ter seguido o mesmo
caminho de sua mãe. “Foi uma decisão pessoal, eu quis! Eu adoro dar
aula. Se não fosse por conta de uma diverticulite que eu tive, eu acho
que estaria dando aula até hoje, mesmo aposentada!”, contou a professora
que iniciou sua carreira aqui mesmo em Descalvado, no ano de 1974, na EE
José Ferreira da Silva, o ‘Ginásio’.
Dona Landinha contou que
chegou a dar aula em várias instituições de ensino diferentes na mesma
época. “Eu cheguei a dar aula em cinco escolas ao mesmo tempo. Era no
Ginásio, no Grupo, no Padre Orestes, na APAE, e no Brejinho. Ah, eu
também dei aulas na escola do Comércio e na Fazenda Santa Justa, perto
da Usina Ipiranga. Eu cheguei a ter seiscentos alunos em único ano!”,
relembrou a professora.
Perguntada se ela vê
alguma diferença entre ser professor na época em que ela começou e nos
dias de hoje, ela disse que cada professor tem o seu método. “Cada um
tem o seu método, o seu jeito de ensinar. Eu sempre tentei passar pros
alunos o respeito, que o limite da gente termina onde o começa o do
próximo, e quando tem algum atrito, é porque alguém invadiu o espaço do
outro”, explicou.
Sobre as dificuldades do
relacionamento entre professor e estudante, Dona Landinha disse que
tinha um método próprio para conquistar a atenção e o respeito dos seus
alunos. “Tem aqueles alunos que já saem de casa ouvindo dos pais
palavras que em nada estimulam o comportamento e o aprendizado dele.
Sabe aquela história de que você não vai dar nada, não vai chegar em
lugar nenhum? Isso vai anulando, desestimulando o aluno. Então aquele
que era mais levado, eu pegava a tarefa que eu passava e falava assim:
muito bem, tá melhorando, você vai conseguir, você é inteligente! Então
eu trabalhava a autoestima, que estava lá em baixo, porque senão ele já
ficava com aquilo na cabeça, de que ele não ia dar certo mesmo, só
ouvindo críticas, e aí eu conseguia reverter isso. Você pode usar para
qualquer filho, para qualquer criança, qualquer aluno, que é isso mesmo,
você acaba conquistando a confiança deles!”, relatou.
A professora também
contou como foi trabalhar na APAE de Descalvado, período em que segundo
ela, foi de grande satisfação para sua vida pessoal. “Lá na APAE, eu ia
pra cozinha fazer comida, a primeira olimpíada de APAE’s, nós que
fizemos em Pirassununga. Eu fiz o uniforme de todos os alunos: o boné e
o shortinho! Só a camisa que foi uma mãe de um aluno que comprou todas
as camisas lá na Titi, e deu pras crianças. Eu adorava colaborar com
essas coisas!”, relembrou.
Sobre resumir toda a sua
história em uma única palavra, Dona Landinha responde: “Se eu voltar dez
vezes, as dez vezes eu quero ser professora! Eu acho que eu me realizei!
Eu acho que o ensinar e a missão que a gente vai realizar, é um dom!”,
nos conta com muita emoção.
Perguntada enfim, sobre
o que é ser mulher, Dona Landinha não demorou para responder com toda a
sua sabedoria de vida. “Olha, eu também voltaria a ser mulher em todas as
encarnações! Adoro; sou vaidosa, adoro organização, limpeza, tudo que
uma mulher deve e pode fazer. Ser mãe, ser boa esposa, ser educada com
as pessoas, e sempre respeitar os limites. Isso é o que eu acho que é
importante!, concluiu.
GRATIDÃO -
A gratidão é o ato de reconhecimento de uma pessoa por alguém
que lhe prestou um benefício, um auxílio, um favor, dentre
outras coisas. Em um sentido mais amplo, pode ser explicada
também como recognição abrangente pelas situações e dádivas que
a vida lhe proporcionou e ainda proporciona.
A gratidão é
uma emoção, que envolve um sentimento de dívida emotiva em
direção de outra pessoa. Frequentemente acompanhado por um
desejo de agradecê-lo, ou reciprocar para um favor que fizeram
por você. E nesse contexto, a vida também pode nos proporcionar
o sentimento de gratidão pelas conquistas e emoções que ela nos
propiciou. |
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E é nesse sentido que a
nossa terceira homenageada escolheu a palavra GRATIDÃO como forma de
resumir a sua vida pessoal e profissional. E não deixa de ser uma
surpresa, pois a profissão exercida por ela é que proporciona, na
maioria das vezes, o sentimento de gratidão em todos aqueles que são
atendidos ou acolhidos por ela.
A médica ginecologista e
obstetra, Zulmira Kirchner da Silva, exerce sua profissão há 42 anos, 40
deles em Descalvado. Casada, ela é mãe de 3 filhos (Samanta, Bianca e
Gonzaguinha), e também é avó de um neto.
Dra. Zulmira contou que
acabou vindo para Descalvado quando o marido, o Dr. Luiz Gonzaga
Fortunato da Silva, precisou vir para a nossa região logo depois de se
formar, em virtude do pai dele ter adoecido. Dr. Luiz decidiu então
morar próximo do pai [já que ele havia se formado em Curitiba], e
escolheu Descalvado para residir devido à carência de médios que a
cidade tinha na época, em meados da década de 70.
Dra. Zulmira iniciou sua
entrevista falando sobre algumas mudanças que ela sente em relação a sua
profissão, ao longo destes pouco mais de 40 anos de trabalho. “Olha,
pelo que algumas pacientes nos falam, eu sinto que a coisa anda um pouco
mais técnica nestes últimos anos. Eu digo na questão do acolhimento
sabe, porque as vezes há muito mais coisas por trás de uma simples dor
de barriga ou corrimento, por exemplo. Mas isto que estou contando, é
que o que a gente vem sentindo por meio de relatos de algumas pacientes.
Então eu acho que falta um pouco mais desse acolhimento humano”, contou
a médica.
Sobre as diferenças
entre ser médico ou médica, ela responde que para o profissional não
nenhuma diferença, mas para a paciente é nítido que ainda existem certos
receios quando ela é atendida por um homem. “Para nós profissionais não,
de jeito nenhum. Para a paciente com certeza, ainda mais numa área que
exige que ela se desnude, que tem que fazer os exames ginecológicos,
elas tem muito constrangimento. Ainda tem! Elas ainda tem vergonha pelo
fato de ser médico, então elas tem preferência por uma médica sim. Pelo
fato de ser do mesmo sexo, elas acabam ficando mais a vontade, e permite
criar um ambiente que não seja tão constrangedor pra elas”, explicou Dr.
Zulmira.
A médica também contou
que ao longo desses 40 anos, foram muitas histórias que acabaram
marcando a sua profissão. “Cada uma tem uma história sabe, a gente já
sofreu muito junto, já deu muita risada junto, ainda mais na parte de
obstetrícia ‘né’, é uma coisa que envolve muito a gente, acompanhar uma
gravidez ao longo dos nove meses. A maioria dos casos acaba bem, graças
a Deus, mas tem alguns casos que marcaram sim! Sempre que há um óbito
fetal, ninguém acostuma com isso. Marca muito a gente, mas graças a Deus
foram muito poucos casos, e graças a Deus também não tive nenhum óbito
materno, que eu acho que seria muito mais traumático! E pode acontecer,
mas felizmente nunca!”, contou.
Sobre a palavra que
resume sua trajetória, Dra. Zulmira pronunciou a “gratidão” com muita
ênfase. “Gratidão! Nossa, eu só tenho que agradecer! Cada caso é um
aprendizado, é uma lição, e eu sou muita grata por isso. É uma
experiência imperdível. È uma gratidão por tudo que eu passei, o que eu
passo, eu sou muito agradecido por isso, porque é crescimento pra gente
não é mesmo?”, relatou a médica.
Sobre um conselho que
daria as novas médicas que estão se formando, Dra. Zulmira diz que o
conselho pode valer para todos os profissionais da medicina. “Não é spo
pras meninas não, para os meninos também! Atrás de uma queixa, tem
coisa! Se a gente tiver uns cinco minutinhos a mais em uma consulta,
você vai achar alguma coisa. E isso é no dia a dia! O paciente vem com
uma dor de cabeça, ou querendo algum remédio pra dormir... Vai atrás que
você vai achar alguma coisa! O que esta acontecendo em casa? O filho ou
a filha tá se drogando, o marido saiu de casa! Se você tiver cinco
minutinhos a mais, pra você pesquisar a origem daquele problema, você
vai achar. Ficou muito fácil dar um rivotril pra quem não dorme, um
diazepam... É o fácil, mas não é o certo! Não estou dizendo que sou
contra o remédio, mas eu defendo que é preciso saber o porque daquele
paciente não estar dormindo Vamos achar a causa! Se a pessoa está com
alguma depressão, isso tem uma causa, não é assim, já vai prescrevendo
um antidepressivo e pronto! Aquela depressão tem uma causa, e
infelizmente o que se vê hoje, são pessoas tomando antidepressivos há
vinte anos ou mais! Nunca mais param, só vão adequando doses, as vezes
aumentando as vezes associando. Não é isso gente! Tem muito caso que uma
boa terapia, com acolhimento, com uma boa conversa, você medica para
apagar o fogo, e depois vamos conversar, vamos achar a causa do
problema. Procurem que vocês vão achar! Então o conselho é esse: dedicar
um minutinho a mais de atenção!”, disse ela.
Para finalizar, Dra.
Zulmira também respondeu à pergunta se é difícil ser mulher. “Eu acho
que não. Eu se tivesse que nascer de novo, gostaria de nascer mulher! Eu
acho a mulher tão complexa, não menosprezando os homens (risos), mas
olha, esses dias eu recebi um WhatsApp e achei tão verdadeiro: a mulher
ia dormir e o marido na televisão, e do sala até o quarto, até ela ir
para a cama, nossa, ela fez um monte de coisas. Ela lavou um copo aqui,
pegou uma coisa ali, viu o boletim da escola das crianças, sabe, acho
que foram umas doze tarefas antes de finalmente se deitar. Já o homem
levantou, desligou a televisão e foi dormir (mais risos). Então é muito
complexa, e eu acho linda essa complexidade! Quando falam que a mulher
consegue fazer um monte de coisas, é verdade, ela consegue mesmo! Já o
homem, por exemplo, se está dirigindo e você pergunta qual o endereço
mesmo? Pronto, ele já se distrai e vira o volante...” finalizou a médica
com extrema simpatia a entrevista que certamente poderia se prolongar
por muitas horas.
E assim, com as histórias
destas três grandes mulheres da nossa cidade, o
DESCALVADO NEWS
deseja a todas as mulheres [descalvadenses ou não],
UM FELIZ DIA DAS MULHERES!
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