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Um
obelisco de 12 metros de altura, no entroncamento das Rodovias
Comandante João Ribeiro de Barros (SP-255) e Luis Augusto de Oliveira
(SP-215), em Dourado, chama a atenção dos viajantes, mas a maioria não
sabe o que significa a construção.
O momumento é o marco do
centro geográfico do Estado de São Paulo. Ele está a 265 km da capital e
a 96 km de
Descalvado. Fica a 22 graus de latitude e 48 graus de
latitude. Na construção não há placa com a data da inauguração, o que
dificulta saber com precisão desde quando ele está no local.
O empresário Luciano Pietro
nasceu em Dourado e desde criança passa pelo |
obelisco. Ele cresceu
ouvindo muitas histórias. “Dizem que foi construído em 1967 e que a rodovia foi
construída em 1960 e não tinha pavimentação, era terra. Ela foi
pavimentada e surgiu o obelisco, que era o centro do estado”, contou.
Nem todos na cidade
concordam que 1967 seja a data de inauguração. Segundo Domingos
Aparecido dos Santos, dono de um restaurante que leva o nome do
monumento, quando o comércio foi criado em 1952 o obelisco já existia.
“Faz 65 anos e o marco já existia. Só não sabemos quando ele foi
inaugurado”, disse o comerciante.
MARCO CENTRAL
- Com a ajuda de um programa de computador, especialistas verificaram se
a construção fica realmente no ponto central do estado. “Chegamos a uma
distância de 1,5 km desse marco. Levando em consideração que esse centro
provável caiu dentro de uma propriedade particular, é bem provável que
tenha sido colocado aqui porque é uma área pública e de fácil acesso.
Então onde ele está é representativo”, afirmou Anderson Manzoli,
engenheiro civil da Universidade de São Paulo (USP).
“Antigamente, pegava um
mapa, tinha um auxílio de um aparelho, que desenhava por cima. Através
desse aparelho ele dava um ponto. Por causa desse aparelho não tinha
toda essa previsão que tem hoje com auxílio de computadores”, explicou o
engenheiro civil Matheus Bueno.
HISTÓRIA
- Uma pesquisa tentou buscar informações sobre o monumento na Secretaria
Estadual de Cultura, no Arquivo Público, na Companhia Paulista de Obras
e Serviços, Departamento de Estradas de Rodagem, na Prefeitura de
Dourado e no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas
apenas um documento do acervo da Fundação Pró-Memória de São Carlos foi
encontrado. Um anúncio de jornal sobre a linha de ônibus que passava
pela região, em 1967, e parava no obelisco.
Apesar da história perdida,
na beira da rodovia, e das pichações, que mostram a falta de cuidado, o
obelisco resiste ao tempo. “Se ele está um pouco à direita ou à
esquerda, leste ou oeste, o importante é o nosso sentimento. Os
paulistas têm aqui o seu marco geográfico, o coração de São Paulo”,
declarou o geólogo Laerte Rigo.
*Com informações
do G1/São Carlos (Foto: Wilson Aielo/EPTV)
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