Brigando contra a Série B, o São Paulo não vence há 12
jogos, recorde negativo na sua história. Contra o
Corinthians, foram cinco jogos no ano: três derrotas, dois
empates, a eliminação no Paulista e o gosto ruim de ver o
rival campeão da Recopa Sul-Americana. Já a equipe alvinegra
continua em posição intermediária: no 11º lugar, com 11
pontos. Na quarta, às 21h50, enfrenta o Grêmio, no Pacaembu.
O São Paulo
agora excursiona pelo mundo. Na quarta, enfrenta o Bayern,
em Munique. Na quinta, faz final ou decisão do terceiro
lugar da Copa Audi, diante de Manchester City ou Milan.
Depois, no sábado, encara o Benfica pela Eusébio Cup, em
Lisboa. No dia 7 (quarta), joga contra o Kashima Antlers, no
Japão, valendo o título da Copa Suruga. Pelo Brasileirão, só
volta a campo no dia 11 de agosto, contra a Portuguesa,
provavelmente no Canindé.
O JOGO
- Não bastassem todos os problemas que o São Paulo já tem há
várias semanas, para o clássico a lista aumentou. Lúcio foi
afastado por problemas disciplinares, Juan e Paulo Henrique
Ganso acabaram barrados por deficiência técnica, Clemente
Rodriguez, Luis Fabiano e Denilson se machucaram e Aloísio
estava suspenso. Com tantos desfalques, Autuori escalou o
time com Reinaldo estreando na lateral-esquerda, três
volantes, e Ademilson como referência na área.
O
Corinthians sabia bem o péssimo momento tricolor e tentou se
aproveitar disso marcando pressão nos primeiros minutos de
jogo. O São Paulo não conseguia sair do campo de defesa e
logo queimava a posse de bola. Só que os donos da casa não
tiveram a capacidade de traduzir o domínio em chances de gol
e o jogo acabou sendo morno.
Aos 3
minutos, Guilherme até deu trabalho para Rogério Ceni, num
chute de fora da área, mas logo a zaga do São Paulo
conseguiu neutralizar as opções ofensivas corintianas. De
resto, só mais uma jogada de perigo, com Romarinho, que
recebeu bola da direita, dominou bonito na área e bateu para
fora.
Para o São
Paulo só restava a possibilidade de sair no contra-ataque, o
que não conseguiu encaixar nenhuma vez. No segundo tempo, a
postura tricolor foi outra: a de tentar jogar de igual para
igual. E aí o time de Paulo Autuori teve mais sucesso.
Em 10
minutos, o São Paulo criou mais do que em todo o primeiro
tempo. Levou perigo num chute de Fabrício e num cabeceio de
Ademilson, ambos para fora, mas principalmente numa batida
forte do centroavante, que fez Cássio trabalhar pela
primeira vez na partida.
Tite
percebeu que as coisas estavam se complicando e mexeu no
time. Trocou Guerrero e Emerson por Pato e Renato Augusto.
Mal os dois entraram e o Corinthians teve a sua melhor
chance. Pato recebeu nas costas de Douglas, livre, mas bateu
torto, para fora.
Autuori
também mexeu. Teve que tirar o cansado Fabrício e aproveitou
para sacar Ademilson. Entraram Maicon e Roni. E quando as
opções de banco e a condição física dos jogadores começaram
a fazer a diferença o Corinthians voltou a ser melhor. Na
base da jogada aérea, Pato teve outras três chances, mas não
aproveitou nenhuma. Renato Augusto também fez Rogério Ceni
trabalhar, mas nada que tirasse o zero do placar.
*Com
informações da AE
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