Gazeta Press |
O São Paulo já passa pela pior fase da história do
clube. São dez jogos sem vencer – o que não acontecia desde 1986 – e sete
derrotas seguidas, sendo cinco dentro do Morumbi – fato inédito. Mesmo com a
crise, os tricolores se recusam a comentar em zona de rebaixamento. “Não vou
falar disso após nove jogos. Está cedo ainda”, disse Rogério Ceni.
O goleiro, aliás, foi o único jogador poupado pela
torcida no sábado, quando em protesto fechou a saída do ônibus
do São Paulo após o jogo. |
Contratado para afastar a crise são paulina, Paulo Autuori
já acumula três derrotas em três jogos no comando da equipe,
o que não acontecia no São Paulo desde 1964, com Osvaldo
Brandão, demitido na quarta derrota. “Mentalmente estamos
abalados. Há momentos em que o time parece desistir.
Emocionalmente, quando sofremos um gol, nos desarmamos por
completo. Cabe a mim, como líder, tentar mudar isso”,
afirmou Autuori.
O treinador teve que lidar também com a irritação de Luis
Fabiano ao ser substituído contra o Cruzeiro. O camisa nove
enfatizou que não pediu para sair. “Não pedi nada. É decisão
dele ”, destacou o centroavante. “Não é hora de ficar
falando disso também”, emendou o Fabuloso.
O atacante
não marca desde o jogo contra o Grêmio, em junho, antes da
parada para a Copa das Confederações. “É a pior fase da
minha carreira. Mas tem coisas que precisamos passar e
enfrentar com a cabeça erguida. Precisamos aguentar todas as
críticas e tirar o São Paulo dessa”, finalizou o atacante.
Juvenal
convida uniformizada para churrasco e cria polêmica no clube
- A crise no São Paulo vai além das quatro linhas. O setor
administrativo do clube também vem sendo afetado pelo mal
desempenho dos seus jogadores. A torcida se divide em prol e
contra a permanência de Juvenal Juvêncio na presidência.
Após a
derrota (3 a 0) de sábado para o Cruzeiro, no Morumbi,
alguns torcedores protestavam contra o mandatário. Porém,
assim que a uniformizada Independente chegou ao local,
tratou de vetar as críticas ao presidente.
A ação vem
gerando truculências com a oposição, liderada por Marco
Aurélio Cunha. Ontem, Juvenal Juvêncio convidou líderes da
torcida que o defendera para um churrasco, promovido pela
diretoria aos associados do clube.
Um
integrante da organizada teria discursado em prol do atual
presidente, que esteve presente no evento, revoltando
opositores que vestiam camisa de apoio à candidatura de
Marco Aurélio Cunha.
A eleição no São Paulo acontece em abril de 2014. Por
enquanto, Juvenal Juvêncio tem problemas ainda maiores com
os conselheiros do clube, que exigem a demissão do diretor
de futebol Adalberto Baptista, homem de confiança do
mandatário.
Os conselheiros querem que o Tricolor trabalhe com um
gerente de futebol remunerado. Leonardo, ex-PSG, seria o
indicado ao cargo.
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