Tudo começou logo na chegada dos corintianos ao Morumbi,
onde uma chuva de pedras atingiu o ônibus alvinegro. Depois,
dentro de campo, o São Paulo ignorou um lance de fair play e
ainda reclamou bastante das tentativas de faltas cavadas. Em
um lance, Wellington apontou para a cara de Emerson Sheik e
colocou fogo no Morumbi. No fim, toda a empolgação acabou se
transformando em pedidos por Muricy Ramalho, assim como
tinha sido na derrota por 1 a 0 para o Goiás, pelo
Brasileirão.
Os
acontecimentos acabam servindo como ingrediente para a
segunda partida da final, marcada para o dia 17 de julho, no
Estádio do Pacaembu, novamente às 21h50. Um empate dá o
título ao Corinthians, enquanto uma vitória são-paulina por
um gol de diferença leva o jogo para a prorrogação. Não há o
critério de gol fora.
O primeiro
tempo começou com os dois times muito fortes na marcação e
errando bastante na armação de jogadas, especialmente no
último passe. Ganso, a surpresa de Ney Franco, era nulo em
campo. O Corinthians, pelo menos, conseguia chegar ao gol de
Rogério Ceni com bolas aéreas, mas as cabeçadas não chegavam
com força o suficiente para assustar. Em um lance isolado,
Danilo, em dividida com Rodrigo Caio, caiu e precisou ser
substituído por Douglas.
O jogo
transcorreu desta maneira até os 30 minutos. Foi quando Juan
tentou ganhar no corpo de Romarinho, caiu no chão e viu
Guerrero pegar a sobra. Com o gol aberto, o peruano nem
precisou pensar para completar o chute e abrir o placar,
quebrando seu jejum de oito jogos. Curiosamente, foi bem ele
que havia dito que se motivava com a chuva de pedras na
entrada do Morumbi. O episódio se repetiu nesta
quarta-feira.
A partir
daí, o jogo teve mais animação pelo clima do clássico do que
por chances de gol. Em um lance, os corintianos ficaram
pedindo fair play, não foram atendidos pelos são-paulinos.
Revoltado, Sheik correu e fez falta por trás em Rodrigo
Caio, mas acabou advertido apenas com o amarelo.
No segundo
tempo, para mudar o jogo, Ney Franco resolveu mudar o
esquema tático. Se a surpresa foi a entrada de Paulo
Henrique Ganso, quem resolveu mesmo foi Aloísio, seu
substituto. Logo no começo da partida, o atacante chutou de
longe e viu Cássio falhar de maneira feia para aceitar o
empate. O gol colocou fogo no jogo e fez os são-paulinos
jogarem junto com a time.
Durante 15
minutos, os donos da casa dominaram a bola e ficavam mais no
campo do adversário, mas sempre sofrendo na hora do último
toque para deixar os atacantes na cara do gol. O Corinthians
foi se acostumando aos poucos com a pressão, até voltar a
entrar no jogo de novo. Aos 20min, Guilherme recebeu
cruzamento de Renato Augusto, deu bela cabeçada e viu
Rogério Ceni fazer ótima defesa para manter o placar. Em
seguida, em cruzamento pela direita, Romarinho desviou e
acertou o pé da trave do goleiro, que nada pôde fazer a não
ser olhar.
De tanto
tentar, o Corinthians conseguiu. Novamente aos 30 minutos,
mas desta vez do segundo tempo, o visitante marcou outro
gol, em um lance que misturou toque de craque de Renato
Augusto com falha de Rogério Ceni, que, adiantado, só viu a
bola entrar, encoberto pelo chute do meia corintiano. Para
segurar o resultado, Emerson deixou o campo para a entrada
de Ibson. Aloísio quase voltou a marcar no fim do segundo
tempo, mas Fábio Santos salvou muito perto da linha.
*Com informações e foto do UOL Esportes
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