Foram registrados três casos isolados de queda de energia
elétrica. A organização do Enem afirma que a luz foi
prontamente restabelecida e o problema não prejudicou a
realização das provas. Um dos apagões durou cerca de 20
minutos, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Nos estados que não têm horário de verão neste ano, muitos
candidatos se confundiram com a hora de início da prova (13h
de Brasília) e acabaram por chegar atrasados. "Mas não é até
as 13h?", questionou uma candidata que foi embora irritada
em Fortaleza. Outros foram os motivos para os atrasos - o
trânsito e a distância do local de prova entre eles. Em pelo
menos um caso, também em Fortaleza, uma candidata foi
assaltada e não pode entrar porque o ladrão levou seus
documentos.
Para fazer a prova deste domingo, é necessário apresentar um
documento de identificação original com foto, que pode ser a
carteira de identidade; identificação fornecida por ordens
ou conselhos de classe, que por lei tenham validade como
documento de identificação; Carteira de Trabalho e
Previdência Social; certificado de reservista; passaporte;
ou carteira de habilitação com foto. Em caso de perda de
documento de identificação, o participante deve apresentar
boletim de ocorrência com data de, no máximo, 90 dias antes
da prova.
REDAÇÃO
No Enem de 2011, o tema da redação foi "Viver em rede no
século 21: os limites entre o público e o privado". A
proposta foi bem recebida pelos estudantes, já que a
internet e as redes sociais fazem parte do universo da
maioria dos jovens. No entanto, erros na correção provocaram
reclamações de candidatos, que chegaram a entrar na Justiça
para ter suas notas revistas.
Para evitar novos problemas em 2012, o Ministério da
Educação (MEC) decidiu que se houver uma discrepância maior
do que 200 pontos na nota atribuída por cada um dos dois
avaliadores, a redação será corrigida por uma terceira
pessoa. Até 2011, a divergência precisava ser superior a 300
pontos - em uma escala de 0 a 1 mil. Se esta terceira
pontuação continuar discrepante em relação às demais, uma
banca composta por três examinadores atribuirá a nota final.
Além disso, o número de corretores teve um aumento de 40%.
O ENEM
O Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM foi criado em 1998
pelo governo federal com o objetivo de avaliar o desempenho
do estudante ao fim da educação básica. A partir de 2009, o
teste passou a ser utilizado também como mecanismo de
seleção para ingresso no ensino superior.
As provas deste ano começaram a ser aplicadas ontem em todo
o País. No primeiro dia, o candidato resolveu questões de
Ciências Humanas e suas Tecnologias e de Ciências da
Natureza e suas Tecnologias. Hoje serão realizados os testes
de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas
Tecnologias, e Redação, com duração de 5 horas e 30 minutos,
contadas a partir da autorização.
O participante só poderá levar o caderno de questões ao
deixar em definitivo a sala nos últimos 30 minutos. O
gabarito do Enem tem divulgação prevista para 7 de novembro
e os resultados, para 28 de dezembro.
DESCALVADO
Cerca de trezentos estudantes descalvadenses devem prestar o
ENEM neste ano. No primeiro dia do exame, a grande maioria
destes estudantes optaram por chegar bem cedo nos locais de
realização das provas. O portal G1/São Carlos entrevistou
algumas estudantes de Descalvado no primeiro dia de provas.
As quatro amigas foram juntas para fortalecer o grupo que
guardavam escondido um pouco de nervosismo pela prova.
“O maior medo é chegar na hora não saber nada, cair
tudo diferente do que a gente estudou”, confessou
Marcele Miguel Pitarello Moreira, de 18 anos. Ela
quer prestar odontologia em Descalvado e pretende
conquistar muitos pontos com o ENEM. A expectativa
dela é compartilhada por duas das outras amigas. “É
verdade, eu tenho medo que o nervosismo atrapalhe na
hora de fazer a prova”, confirmou a amiga Marcela
Moreira que está em dúvida entra estudar Arquitetura
e Urbanismo e Engenharia Civil também em Descalvado.
Já a estudante Mariana Villa Romantini, de 18 anos,
quer prestar matemática na UFSCar e está preocupada
com a falta de relógio na prova. “No ano passado não
podia fazer e ficar sem ele me dá mais ansiedade.
Como a prova é extensa, fico preocupada com o
tempo”, justificou. |
Foto: Suzana Amyuni/G1 |
Mariana Ruiz, que pretende entrar na UFSCar ou na
UNESP para fazer Ciências Sociais, está ainda no
segundo ano do ensino médio e disse que a única
ansiedade é para saber se vai conseguir ficar o
tempo mínimo dentro da sala de aula. “Como é meu
segundo ano, estou mais calma, não tem outras provas
como o vestibular, por isso decidi prestar o Enem
agora. Só quero ver quanto tempo aguento ficar na
sala”, comentou. |