Moradores sofreram com alagamentos e prejuízos em suas residências
Pela segunda vez em
menos de um mês, a forte chuva que caiu em Descalvado na tarde
desta terça-feira (2), causaram grandes transtornos e prejuízos
à população descalvadense.
O cenário do dia 09
de março voltou a se repetir com as ruas do centro alagadas,
problemas com veículos que se arriscaram a passar pela
enxurrada, árvores caídas, erosões em várias calçadas e muita
sujeira e lama em vários pontos da cidade.
Alguns locais atingidos pelo temporal de março e que
passaram ou passam por obras de recuperação foram novamente
danificados. É o caso do calçamento sobre a ponte do Córrego
da Prata na Avenida Pio XII, onde também foi registrada a
queda de uma árvore e, do sistema de captação de águas
pluviais na confluência das ruas Cel. Arthur Whitaker com a
José Rodrigues Penteado. Em ambos os casos os serviços
efetuados pelo setor de obras da Prefeitura não suportaram o
volume de águas que caiu na tarde desta terça-feira e
novamente ficaram prejudicados.
Na rua Padre Jeremias José Nogueira (imediações da escola Edna Maria do Amaral
Marini), um acidente envolvendo um Gol e um ônibus de transporte escolar da
Prefeitura Municipal aconteceu devido à forte chuva que caia por volta das 15h30
e que, além da visibilidade, também prejudicou o trânsito naquele local que
chegou a ficar alagado. Segundo o motorista do ônibus, na impossibilidade de
seguir pela via, acionou a marcha-ré, vindo a colidir com o Gol, prata, que
seguia pela mesma rua, no sentido à Usina Ipiranga.
Também
no mesmo trecho duas residências foram invadidas
pela enxurrada. Na casa da senhora Valentina Ap.
Mazaro da Silva, 76, localizada no número 194 da rua
Padre Jeremias José Nogueira, todos os cômodos foram
invadidos pela sujeira e lama. O nível da água
atingiu móveis e eletrodomésticos e novamente a
família contabilizou inúmeros prejuízos, pois as
chuvas do início de março também causaram inúmeros
transtornos à residência onde atualmente moram a
senhora Valentina, dois filhos e um neto.
Na mesma
situação encontra-se a senhora Ursulina Belarmino Machado,
78, que há 60 anos mora na residência de número 204, da
mesma rua. Após o término da chuva desta terça-feira, o
jeito foi contabilizar os prejuízos e retirar a lama e a
sujeira que tomaram conta de alguns cômodos e do seu
quintal.
Uma das
situações mais críticas, porém se deu na Rua São Carlos, na
residência de número 307, da família Xavier. Bastaram apenas
cinco minutos de chuva para que um ‘incidente anunciado’
viesse a se concretizar: todo o muro lateral veio a desabar
comprometendo a estrutura física da casa, bem como a
segurança da família.
Neste caso, desde agosto de 2012, conforme informações de Thais Cristina Xavier,
moradora do local, a família solicitou uma visita técnica e providências por
parte do setor competente da Prefeitura Municipal, uma vez que a residência está
situada ao lado de uma área verde, também contando com uma rede anexa de
escoamento das águas do Córrego da Prata.
Segundo os moradores, até o presente momento nenhuma providência havia sido
tomada, o que pode ter ocasionado o desabamento. Conforme informações junto ao
atual Secretário de Planejamento, Desenvolvimento, Obras e Serviços Públicos,
Engº. Claudio Luiz Fuzaro, a falta de maquinário adequado impossibilitou a
realização dos reparos necessários no local.
Numa medida
emergencial, foram feitos serviços de contenção da erosão,
sendo necessários mais de 25 caminhões de terra.