O inquérito entregue nesta quarta é resultado de uma
investigação em que foram ouvidas 30 pessoas, dentre elas o
gerente do supermercado em que o indiciado pelo atropelamento
fez compras antes de atingir Delefrate e outros manifestantes na
noite de 20 de junho no cruzamento das avenidas Professor João
Fiúsa e José Adolfo Bianco Molina. O funcionário informou que
chegou a orientar clientes como Azevedo sobre a utilização de
uma saída alternativa no estabelecimento para evitar o encontro
direto com os manifestantes.
A polícia e o MP
ainda aguardam a conclusão de um laudo da perícia técnica sobre
a velocidade do veículo de Ishisato Azevedo quando atingiu e
matou Delefrate. A expectativa é de que o documento permita
apontar se o condutor acionou os freios pouco antes da colisão.
Por conta das
investigações, o empresário cumpre prisão temporária e pode
permanecer detido mesmo após o término do prazo autorizado para
sua detenção, em 16 de agosto, caso a Justiça conceda o pedido
de prisão preventiva já encaminhado pela Promotoria.
Prisão -
Indiciado por atropelar e matar Marcos Delefrate, Azevedo foi
preso em, 18 de julho em Bragança Paulista. Segundo o delegado
Udelson Canova Simionato, ele estava escondido em uma chácara
onde funciona uma clínica para a recuperação de dependentes
químicos. A defesa do empresário anunciou que pretende indenizar
a família de Delefrate.
Na noite de 20
de junho, o empresário atropelou e matou o estudante durante uma
manifestação no cruzamento das avenidas Professor João Fiúsa e
José Adolfo Bianco Molina, segundo informações da Polícia Civil.
Outras 12 pessoas ficaram feridas. Azevedo fugiu do local sem
prestar socorro às vítimas. O veículo modelo SUV foi apreendido
na casa dele, em um condomínio na zona sul de Ribeirão.
*Fonte:
G1/Ribeirão Preto
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