O aumento de etanol na mistura não prejudica o motor dos carros nem reduz seu
desempenho, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea). De acordo com a entidade, os motores estão preparados
para receber gasolina com porcentagem média de 22% de etanol, mas existe uma
margem que permite percentuais maiores ou menores. A Anfavea lembra que a medida
já foi adotada outras vezes e que isso não causa problemas nos automóveis.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) estima que a produção do etanol
anidro (destinado à mistura com a gasolina) no Centro-Sul do país deve crescer
28,29% na safra 2013/2014 em relação ao período anterior, por causa do aumento
do percentual de etanol na gasolina. "A Unica considera a decisão positiva, na
medida em que gera demanda adicional, garantida pelo etanol anidro, beneficiando
produtores e consumidores, já que o incremento na mistura gera redução nas
emissões de gases causadores do efeito estufa", diz a entidade.
A medida faz parte de um pacote de ações lançado pelo governo para incentivar a
produção de etanol no país, que inclui a concessão de um crédito tributário de
R$ 1,181 bilhão por ano aos produtores, que poderá ser reduzido do recolhimento
do Programa de Integração Social/Contribuição Social para o Financiamento da
Seguridade Social (PIS/Cofins).
Para o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a mudança é benéfica para os
consumidores, produtores e para o país como um todo. "A venda de gasolina com
maior volume de etanol anidro possibilita aos produtores elevar a
comercialização de um combustível com maior valor agregado, permite a redução da
importação de gasolina, disponibiliza ao consumidor um combustível menos
poluente, além de criar condições para uma ligeira redução nos preços da
gasolina". Segundo ele, essa redução deve ficar em torno de 0,5%.
Em outubro de 2011, o governo havia determinado a redução da quantidade de
etanol anidro misturado à gasolina de 25% para 20%, como precaução, em função
das incertezas em relação à safra de cana-de-açúcar e ao comportamento dos
mercados global e interno de etanol.
Com
informações da Agência Brasil |