A acusação foi feita pelo Promotor de Justiça, Dr. Luis Henrique
Rodrigues de Almeida. O julgamento foi conduzido pela Juíza de
Direito, Dra. Roseli José Fernandes Coutinho, que substituiu o
Juiz, Dr. Donek Hilsenrath Garcia que somente não esteve
presente elaborando a sentença de condenação devido a um
problema de saúde.
Julgada como
mandante do crime, a então esposa da vítima, Josilene Aparecida
da Cruz Baldin foi condenada a 19 anos e 20 dias em regime
fechado. Já o acusado de ser executor, Rafael Guimarães do
Nascimento, foi condenado a pena de 16 anos e quatro meses. Os
dois cumprirão inicialmente em regime fechado, sendo negado o
apelo em liberdade.
O julgamento foi
desmembrado a pedido da defesa. Com isso, o amante de Josilene,
Rodrigo Vilela da Silva e seu primo Diego Anderson Mosselin
Barbelli (que teria contratado o executor) serão julgados
somente no dia 26 de julho.
“Estou
absolutamente tranquilo com minha consciência e satisfeito com o
resultado. A prova toda indicava a responsabilidade da mandante
e do executor. Concluímos aqui a responsabilização criminal da
mandante e do executor, agora, por óbvio vai a haver a
demonstração da responsabilidade do amante e do intermediário”,
afirmou o promotor de Justiça, dr. Luís Henrique de Almeida
Sobre a
possibilidade dos acusados terem pena reduzida, a promotoria foi
enfática: “Ela vai cumprir ainda bons anos de cadeia. Na minha
opinião a pena é pouca, pois não vamos mais ter a vítima. Em
todos os homicídios tenho dito isso. A vida humana, que é o
berço de todos os direitos deve ser respeitada”, disse.
O advogado de
Josielene, Dr. Paulo Roberto da Silva Passos, afirmou a todo
momento em plenário que as informações não eram suficientes para
incriminá-la e que ela é inocente. Nenhuma das famílias
presentes no julgamento se manifestou quanto à decisão do júri.
O CRIME
- Na ocasião, dia 18 de fevereiro de 2009, Daniel foi encontrado
morto em uma vicinal às margens da rodovia SP-225 com uma
perfuração de projétil de arma de fogo. Pouco mais de 100 dias
após o crime, intensas investigações da Polícia Civil de
Pirassununga trouxeram como mandante sua então esposa. Ela foi
presa em Peruíbe, litoral paulista, com seu amante. No mesmo
momento diligências eram feitas em São Bernardo do Campo onde o
executor foi preso. Em Pirassununga, o primo da mulher era
também detido.
*Fonte: G1/São
Carlos - Foto: Paulo Chiari
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