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O Procon de Rio
Claro multou 20 postos de combustíveis, na segunda-feira (17),
por cobrança abusiva. Os estabelecimentos não respeitaram o
limite de R$ 2,87 por litro da gasolina imposto pelo órgão, que
investiga denúncia de combinação de preço na cidade. Os donos
serão notificados e podem pagar multa que varia entre R$ 30 mil
e R$ 50 mil, de acordo com o faturamento mensal do posto. Os
responsáveis pelos postos não foram encontrados ou não quiseram
dar entrevista.
Nas ruas, muitas
motoristas reclamam do preço na hora de abastecer. “É o mais
alto da região. Falaram que ia passar para R$ 2,87 e vi agora
nos postos R$ 2,97”, disse o aposentado Genésio Costa. |
Um levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP) aponta que
a gasolina vendida em Rio Claro é mais cara entre as três
maiores cidades na região. Em um posto no Jardim Claret, por
exemplo, o litro da gasolina custa 2,99. Em outro, no Centro da
cidade, R$ 2,89. Um terceiro ainda cobra R$ 3,19.
Para tentar
economizar, alguns motoristas pesquisam. “Procuro sempre o mais
barato”, disse a cabeleireira Roseli de Lima Souza.
COBRANÇA ABUSIVA
- O diretor do Procon, Sérgio Santoro, explica que desde junho
do ano passado acompanha os valores cobrados. Dos 39 postos da
cidade 23 já foram notificados. Destes, 20 não baixaram o preço
e já foram multados. “Levando-se em conta que todo mundo comprar
do mesmo lugar, são cidades próximas, o frete é o mesmo. Não dá
para admitir que Rio Claro tenha um combustível até R$ 0,30 a
mais que as cidades vizinhas. É uma cobrança abusiva, prevista
no código de defesa do consumidor”, disse.
A Justiça vai
decidir quando a multa será cobrada. Os donos de postos podem
recorrer, mas o Procon estuda entrar com uma ação, prevendo uma
outra multa ou até a interdição do posto, caso os preços não
abaixem.
SINDICATO -
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de
Campinas e Região (Recap), que reúne o setor de Rio Claro, não
vai se manifestar sobre as autuações, mas disse que cada
comerciante tem liberdade para decidir o preço e que, nesse
cálculo, são levados em conta encargos, volumes e frete, entre
outros custos.
*Com informações
do G1 São Carlos/Araraquara
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