Segundo o presidente da ONG Visibilidade LGBT, entidade
organizadora da Parada, o principal foco do encontro deste ano
foi o debate contra o preconceito. "Estamos focados na prática
do debate. Na última edição, 50 mil pessoas participaram e foi
pacífica, sem nenhum registro de boletim de ocorrência", disse
Alexandre Sanches.
Apesar da
importância do evento, em 2011 não houve Parada. “A
justificativa que a Prefeitura deu por nota foi que não ia dar
tempo de fazer solicitação para o evento. Para esse ano deu tudo
certo, inclusive segurança preventiva realizada pelo Corpo de
Bombeiros, Guarda Municipal, Polícia Militar e o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Além disso, contamos com
cerca de 35 seguranças de uma empresa particular, para impedir
que tenha tumulto”, ressaltou o presidente da ONG.
Para Sanches, a
Parada é um importante mecanismo de quebra de preconceitos e de
diálogo com a sociedade. "LGBTs morrem diariamente por conta da
homofobia, por isso nós queremos que ela seja criminalizada,
assim como o racismo é hoje no Brasil. Neste ano tivemos a
aprovação do uso do nome social para travestis e transexuais em
todos os serviços públicos e a aprovação da lei que incluiu no
calendário oficial de eventos do município a realização da
Parada e da semana da Cidadania LGBT", explicou.
As edições
anteriores trouxeram importantes conquistas como o Conselho
Municipal da Diversidade Sexual, a Divisão de Políticas para
Diversidade Sexual e um plano com metas a serem implementadas
pelo poder público na temática. A ação é realizada em parceria
com a Prefeitura e o Conselho Municipal da Diversidade Sexual.
CONFUSÃO
- Apesar do clima pacífico, um fato curioso acabou ocorrendo no
Terminal Rodoviário. Um menor foi acusado de pegar a chave de um
ônibus intermunicipal após ter sua entrada negada para a viagem.
Policiais da Força Tática foram acionados para verificar a
denúncia que adolescentes participantes da Parada do Orgulho
LGBT haviam subtraído a chave do ônibus após um deles ter sido
proibido de entrar no veículo pelo motorista.
Os funcionários da empresa alegaram que o adolescente estava sem
documentação e que cumpriam as leis do Estatuto da Criança e do
Adolescente. O acusado e seus colegas devolveram a
chave e os envolvidos foram orientados.
*Com informações e fotos do G1/São Carlos
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