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Clóvis Tavares de Lima,
diretor financeiro adjunto da Associação Amigos do Caminho da Fé,
confirmou o recebimento de um ofício do prefeito de São Carlos, Paulo
Altomani, sobre a exclusão de São Carlos da rota do Caminho da Fé.
Segundo ele, inicialmente a Associação recebeu um e-mail de um
funcionário da prefeitura informando sobre as dificuldades financeiras
da cidade. “Como as nossas tratativas sempre foram com o executivo,
entrei em contato com a administração pedindo uma posição da prefeitura,
e recebemos um ofício assinado pelo prefeito”, disse o diretor
financeiro. Lima
afirma que, em linhas gerais, o documento, datado do dia 4 de
março, colocava a Associação a par da situação financeira da
cidade, e informava |
que, infelizmente, no momento, São Carlos não poderia seguir
contribuindo. “No próximo dia 10 de abril teremos nossa Assembléia
Geral, e nela informaremos as outras cidades sobre a exclusão de São
Carlos”, afirmou.
O Caminho da Fé é
composto por quase 40 cidades espalhadas pelos estados de São Paulo e
Minas Gerais. O diretor financeiro adjunto contou que tentou argumentar
e mostrar que a manutenção de São Carlos na rota não seria um custo, mas
um investimento para a cidade. Segundo ele, até outubro do ano passado,
São Carlos possuía um total de 1310 credenciais de peregrinos. “Cada
peregrino, em um pernoite e uma refeição, gasta cerca de R$ 90 na
cidade. Se multiplicarmos a quantidade de credenciais pelo gasto médio,
o resultado é R$ 117.900. Dividindo esse valor por R$ 660, valor da
mensalidade, o resultado é aproximadamente 179 meses. Ou seja, perto de
15 anos”, explicou.
"Somente com base nos
gastos mínimos, o que a cidade de São Carlos pode arrecadar com
peregrinos em menos de um ano seria o suficiente para contribuir com a
manutenção da cidade na rota por quase 15 anos", continuou Lima. “Isso
sem levar em conta o fato de que a maioria dos peregrinos são ciclistas;
portanto, pessoas que têm gastos em lojas de bicicleta, com peças de
reposição, gastos em farmácias, para curativos e material de primeiros
socorros, dentre outros”, disse.
O diretor da Associação
Amigos do Caminho da Fé conta que uma verba da Fundação Banco do Brasil
vai proporcionar a realização, dentre outras ações, da pintura de novas
setas e a colocação de novas sinalizações: “Iremos a
Descalvado
fazer esse trabalho e vamos aproveitar para ir a São Carlos para apagar
as setas e retirar as placas do Caminho. É uma pena”, lamenta Clóvis.
Durante a última sessão
legislativa realizada nesta semana, o vereador sãocarlense Lineu Navarro
(PT) informou que vai encaminhar o pedido de uma verba de R$ 7 mil para
manutenção da cidade na rota.
OUTRO LADO
- A Prefeitura, por meio do departamento de Turismo, informou em nota
que tem o interesse em continuar fazendo parte do Caminho da Fé e que no
momento está adequando o convênio e a forma de pagamento.
*Com informações do
Jornal Primeira Página
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