Em julho de 2012 a
Anatel determinou a suspensão da venda de chips da Claro, Oi e TIM, nos
estados em que cada uma delas era campeã de reclamações na época. A TIM
recebeu a maior punição e, durante 11 dias, ficou proibida de fazer a
adesão de novos clientes em 18 estados e no DF.
Já a Oi foi punida em
cinco estados e, a Claro, em três. A Vivo não foi punida pela Anatel
porque não registrou os piores índices em nenhum estado.
Além disso, na época a
Anatel determinou que as quatro apresentassem planos de investimentos
para a melhoria da qualidade de seus serviços de voz (chamadas
telefônicas) e dados (internet móvel). E anunciou o acompanhamento
trimestral de quatro indicadores para averiguar se a exigência estava
sendo cumprida: taxa de sucesso dos clientes no acesso à rede voz e
dados, além de taxa de queda de chamadas e das conexões de internet.
RESULTADO FINAL -
Durante dois anos, entre agosto de 2012 e
julho de 2014, a agência apurou esses indicadores das quatro operadoras, fazendo
uma média do resultado em cada um dos 26 estados e no Distrito Federal e, de
maneira específica, em 81 cidades com mais de 300 mil habitantes.
Ao final de processo, em
julho do ano passado, portanto, a Claro registrava o cumprimento em
93,1% das medições feitas. A TIM, em 86,1% delas. A Vivo registrou
índice de 85,3% e, a Oi, de 78,1%.
Assim, nenhuma das
operadoras cumpriu totalmente as metas determinadas pela Anatel, o que
seria indicado pelo índice de 100%. Por conta do descumprimento é que
elas estão sujeitas, agora, a multa.
RECLAMAÇÕES - O
levantamento registra ainda que houve, no mesmo período de dois anos,
queda de 9% nas reclamações gerais contra as operadoras que chegaram à
Anatel. Já as queixas específicas sobre qualidade do serviço de voz e
internet, foram 25% menores em julho de 2014, na comparação com agosto
de 2012.
Segundo o levantamento,
Vivo e TIM foram as únicas que registraram aumento no número de
reclamações no período. No caso das gerais (que inclui problemas com
faturas, por exemplo), ela foi de 1% para a TIM e de 30% para a Vivo.
Já as queixas por
problema de qualidade do serviço subiram apenas para a Vivo: 26%. A TIM,
maior alvo da suspensão de chips, mostrou queda de 41% nesse indicador.
Apesar do aumento, a Vivo ainda é, entre as quatro maiores operadoras,
aquela com menor número absoluto de reclamações.
Para a Claro, as queixas
gerais caíram 21% e, aquelas somente sobre qualidade, 25%. Para a Oi,
elas tiveram queda de 23% e 24%, respectivamente.
OUTRO
LADO - A Vivo
informou que está analisando os dados enviados pela Anatel e que
“implementou as ações apontadas no seu Plano de Melhorias ao longo dos
anos de 2013 e 2014, o que garantiu que os resultados alcançados no
primeiro trimestre de 2015 sejam melhores que o período apontado no
relatório da Anatel.”
A Oi informou que vai
analisar os números apurados pela agência e depois se pronunciará. A TIM
disse que “foi notificada do cumprimento do plano de melhoria
apresentado à Anatel, em julho de 2012” e que está “analisando os dados,
mas considera que o percurso da empresa foi muito positivo.” A empresa
informou ainda que seus investimentos no Brasil entre 2015 e 2017 vão
superar os R$ 14 bilhões.
Já a Claro não se
pronunciou até a última atualização dessa reportagem.
MUNICÍPIOS PEQUENOS
- Outro reflexo do acompanhamento é que a Anatel fixou prazo para que as
operadoras façam investimento em municípios menores, onde foi registrado
que pelo menos um dos quatro indicadores de qualidade era muito ruim.
Em 329 cidades nessa
condição, em que há apenas uma operadora atuando, foi dado prazo de 6
meses para a melhoria do serviço. Em outras 247 com duas empresas
oferecendo seus planos, o prazo é de 9 meses. No restante, onde há 3 ou
mais operadoras, a agência deu 15 meses para que seja resolvido o
problema.
*Com ifnormações de
Difusora Pirassunuga e fotos de Ademir Naressi
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