de sua área
central, e que concentram quase um milhão de habitantes. Criada
pelo Decreto Nº 32.141, de 14 de agosto de 1990, é composta
pelas cidades de São Carlos, Araraquara, Matão, Ibitinga, Taquaritinga, Porto Ferreira, Itápolis,
Américo Brasiliense, Ibaté,
Descalvado, Santa Rita do Passa Quatro, Tabatinga,
Borborema, Boa Esperança do Sul, Ribeirão Bonito, Rincão, Nova Europa, Dourado,
Santa Lúcia, Dobrada, Fernando Prestes, Santa Ernestina, Gavião Peixoto, Motuca,
Cândido Rodrigues e Trabiju
Em todo o Estado, o
índice registrado foi de 7,71%, com 42.673.386 habitantes em
2014 diante de 39.620.277 em 2006.
Entre as 15
regiões analisadas, o Boletim Estrutura Produtiva do Centro de
Pesquisa em Economia Regional (Ceper/Fundace) destacou a região
administrativa de Ribeirão Preto, que foi a que registrou o
maior crescimento populacional em oito anos em todo o Estado de
SP. De 2006 a 2014, a área teve um aumento de 11,7% no número de
pessoas, principalmente atraídas por oportunidades no setor
sucroalcooleiro, serviços e comércio.
O estudo mostra
que, de 1.173.066 habitantes em 2006, a região administrativa de
Ribeirão saltou para 1.310.348 em 2014. Alta de 11,7% ocasionada
principalmente por uma migração de mão de obra no setor
sucroenergético, em municípios como Sertãozinho, e das
oportunidades nas áreas de comércio, serviços e construção
civil, que são reflexo dessa dinâmica de produção, afirma o
economista Luciano Nakabashi, um dos coordenadores da pesquisa.
Destaque também
para a região de Campinas, que aparece como a segunda colocada
no levantamento, com crescimento de 10,87%, saltando de
5.906.158 habitantes para 6.548.374 em oito anos. A elevação é
resultante de uma descentralização de empresas da capital, em
geral mais cara para a condução de negócios. A ampla oferta de
mão de obra qualificada somada à uma distância relativamente
pequena, facilitou esse processo de migração para o interior.
DESPREPARO DAS
PREFEITURAS
- Ao mesmo tempo em que o crescimento sinaliza dinamismo da
economia, o professor em gestão pública João Luiz Passador, da
USP de Ribeirão, alerta para o despreparo das cidades para
garantir qualidade de vida e desenvolvimento humano aos seus
habitantes, sobretudo em questões básicas como saneamento,
habitação, saúde e educação.
"O setor público
de modo geral já há bastante tempo perdeu uma certa capacidade
de fazer diagnóstico de planejamento, especialmente de longo
prazo. Portanto, esses fenômenos migratórios pegam as
prefeituras meio desprevenidas. Elas correm atrás um pouco do
fato e do prejuízo tentando resolver de toda maneira", afirma.
Nesse contexto,
ele critica a atual política de repasses tributários, cuja
distribuição, segundo ele, é desfavorável aos municípios.
"Apesar de o
município ser o mundo de verdade, onde as pessoas vivem,
produzem riqueza, consomem, da massa de tributos gerados fica
com a menor parcela e acaba tendo que se virar para dar conta
dessa carteira enorme de necessidade de seus habitantes", afirma
Passador.
*Com
informações do G1/Ribeirão Preto
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