Aconteceu nesta
quinta-feira (17) em Descalvado, o III Torneio de Cães de Polícia
patrocinado pela empresa Royal Canin do Brasil. O evento reuniu algumas
das 30 melhores equipes de cães de faro e de patrulha policial (alem dos
seus condutores), em simulações reais do dia a dia das ocorrências
policiais como abordagens/detenção e busca por entorpecentes.
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A principal missão do
evento é o de desenvolver a habilidade de seus integrantes, tanto dos
animais como da conduta dos policiais. No Brasil é muito raro esse tipo
de disputa que testa – na prática – o desenvolvimento dos cães de
patrulha e sua relação com a sociedade.
As provas aconteceram
durante todo o dia, e seguiu criteriosas regras. Sessenta cães e 150
pessoas no entorno foram divididos em duas seletivas: cães rastreadores
e cães de abordagem/patrulha. Animais e policiais foram avaliados por
sua abordagem policial, busca de drogas e provas de imobilização. Os
juízes são expert's no tema: Orisval Martins é um preparador de cães e
lidera projetos como o quadro da Rede Globo – Cachorrada Vip, no
Domingão do Faustão. Carlos de Almeida Baptista Sobrinho trabalhou
durante 25 anos na Cinofilia Militar e Eduardo Lima Camargo faz parte da
Policia Militar Rodoviária Estadual e tem 20 anos de experiência no
Canil Setorial da PM de Sorocaba. Os mais bem colocados são premiados
com cães de linhagem como filhotes de Pastor Alemão e Belga e
equipamentos de ponta para o trabalho nas ruas.
Além do desenvolvimento
e treinamento dos animais, a Royal Canin reitera seu compromisso com o
bem-estar de animais que estão – essencialmente – a serviço do homem e
da sociedade como um todo. O evento também reforçou o bom
relacionamento que a empresa possui com as principais autarquias no
Brasil. Hoje, mais de 80% delas mantém parceria com a empresa.
Participaram do torneio
representantes de todo o País como a Polícia Militar de Minas Gerais,
Batalhão de Polícia do Exército de Porto Alegre, Batalhão de Ações
Especiais de Polícia de Campinas, Base Área de São Paulo, Batalhão de
Ações Especiais de Polícia de Santos, Batalhão de Guardas - "Batalhão do
Imperador" do Rio de Janeiro, entre outros. Todas as equipes que
representam o que há de melhor no patrulhamento policial do país.
ANFITRIÃ
- De acordo com Mariana Venâncio Rocha, Coordenadora de Marketing da
Royal Canin, é muito importante para a empresa patrocinar este tipo
evento, já que a Royal Canin nasceu voltada para o cão de trabalho, uma
vez que seu fundador era criador da raça ‘Pastor Alemão’. Desde então, a
empresa vem desenvolvendo essa parceria com este tipo de animal ao redor
de todo o mundo. “Nós desenvolvemos alimentos específicos para os cães,
e para nós, além de podermos estar juntos aos nosso parceiros, temos a
oportunidade de promover e de divulgar o cão que está a serviço da
sociedade. È uma união entre civis e autarquias para ajudar a
desenvolver a habilidade dos cães, e nessa integração, eles podem
melhorar e avaliar como estão os seus treinamentos no dia a dia”,
explicou Mariana. |
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BATALHÕES DE ELITE
- O Primeiro Tenente
Daniel Rezende de Aguiar, do Batalhão de Ações com Cães [BAC] da Polícia
Militar do Estado do Rio de Janeiro conta que este tipo de competição é
extremamente proveitoso para os homens e animais do seu
batalhão. “O que a gente está fazendo aqui é praticamente a realidade do
que a gente faz todo dia. É bem próximo da realidade”, contou o militar
que disse ainda que a especialidade do seu batalhão é a busca de armas e
drogas em comunidades e favelas do Rio de Janeiro. “Todos os dias a
gente entre em operação, tanto sozinhos quanto em apoio ao Bope e ao
choque”, disse o Primeiro Tenente. |
Sobre a utilização dos
cães nas operações em favelas e comunidades do Rio, Aguiar conta que as
estatísticas demonstram a eficiência do uso dos animais durante o
trabalho da PM. “No meu batalhão só este ano, já temos quase sete
toneladas de drogas apreendidas, fora treze fuzis, centenas de pistolas,
muitos presos, então pelas estatísticas, se vê que é proveitoso”,
explicou o militar ao falar do trabalho realizado com a ajuda dos cães.
TRÊS DIAS DE VIAGEM
- A equipe do 3º Batalhão de Polícia do Exército de Porto Alegre, no
estado do Rio Grande do Sul, foram os que vieram de mais longe para
participar do torneio. De acordo com a Capitã Patrícia Barbosa da Silva,
eles saíram de Porto Alegra ao meio dia da última segunda-feira (14), e
depois de pernoitarem em Florianópolis, Osasco e em Pirassununga,
chegaram em Descalvado no início da manhã desta quinta.
Responsável pelo
policiamento em quartéis do Exército no Estado do Rio Grande do Sul, a
Capitã Patrícia falou da importância do uso dos cães no trabalho da
Polícia do Exército. “Umas das principais atividades do Terceiro
Batalhão de Polícia do Exército é o trabalho de policiamento de faro com
cães. Este é o nosso trabalho, e o principal do nosso canil é o faro de
drogas. Também fazemos aproximadamente de três a quatro missões de faro
por mês, em outros quartéis da guarnição de Porto Alegre. Revistamos
armários, mochilas e revistando militares dentro de outras unidades por
causa do problema de drogas que existe nos quartéis”, disse a Capitã do
Exército. A Capitã Mariana disse
que o 3º Batalhão de Polícia do Exército de Porto Alegre conta com cerca
de 700 militares e um canil formado por um efetivo de 15 homens e 20
cães. Ela conta que seu batalhão também foi convidado para trabalhar nas
Olimpíadas do Rio Janeiro no próximo ano, devendo atuar no faro de
explosivos.
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JULGAMENTO
- Coube ao grupo de árbitros avaliar os competidores e no final definir
quem foram os melhores durante todo o dia de provas. De acordo com
árbitro e instrutor Orisval Martins Lara, de 51 anos, um torneio como
este realizado pela Royal Canin é de suma importância para as
instituições ligadas à segurança pública do país. “A importância do
campeonato é o de avaliar a qualidade técnica dos cães e dos
treinadores, e hoje é o momento que podemos analisar o resultado do
trabalho dos policiais com o seu cão de patrulha”, explicou.
Sobre ao realismo das
provas, Orisval disse que elas se aproximam ao máximo daquilo que é
vivenciado pelos homens e cães que participam deste tipo de competição.
“Esse é o objetivo! É simular uma situação real e avaliar a preparação
dos cães pro dia a dia, na sociedade, na rua, e em diversos tipo de
ocorrência”.
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Sobre as dificuldades no
julgamento dos participantes do torneio, o árbitro disse que a principal
preocupação é a de manter a imparcialidade. “A nossa principal
preocupação é a de manter a imparcialidade, ser justo com todos os
condutores e avaliar todos os detalhes operacionais com relação ao cão,
nos trabalhos de perseguição, na qualidade de mordida e imobilização, e
controle do animal também”, finalizou Orisval.
Durante todo o dia, foram
realizadas provas de procedimentos de abordagem, avaliação do trabalho
do cão e o trabalho de faro, que consiste na localização de
entorpecentes. Cada uma das provas é analisada por um juiz
especializado. |
VENCEDORES
- O cão Falcon, do
Batalhão de Operações Especiais de Campinas, foi o grande
vencedor do evento, sendo premiado na categoria de faro de
entorpecentes e também na categoria geral, sendo premiado com
dois novos filhotes para substituí-lo no batalhão. Na categoria
de Imobilização, o vencedor foi o cão trazido pela Guarda Civil
Municipal de Guarujá (SP). Já na abordagem, o primeiro lugar
ficou com o 10º Batalhão da Polícia Militar de Piracicaba (SP).
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