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O programa tem dois
segmentos. No primeiro, chamado faixa 1, a família com renda até
R$ 1.600 recebia um subsídio direto do governo para a compra do
imóvel, o que deixava o valor a prestação em até R$ 80 por mês.
As construtoras faziam imóveis específicos para a faixa.
Essa faixa sofreu
alteração, sendo dividida em duas. Uma para as famílias que
ganham até R$ 800, que vão continuar pagamento até R$ 80. E
outra faixa para renda acima deste valor e até R$ 1.800. Neste
caso, os mutuários vão pagar entre 10% e 20% do rendimento, o
que pode elevar a prestação para até R$ 360. Na prática, porém,
dificilmente |
as famílias com renda até
R$ 800, que contam com subsídio do Tesouro, vão conseguir comprar
imóveis nessa modalidade do programa. Isso porque o governo não tem
recursos para bancar o benefício.
A estimativa é que, só em
2016, seja necessário pagar R$ 8 bilhões a essas companhias pela
construção de casas subsidiadas já contratadas. Na prática, essa
modalidade estará congelada até que novos recursos sejam destinados para
o programa.
FAIXAS
- No segundo segmento, estão as faixas 2 e 3, que compreendem famílias
que ganhavam entre R$ 1,6 mil e R$ 5 mil. Para esse público, o governo
entrava com um subsídio menor —até R$ 25 mil por imóvel, a depender da
faixa de renda do beneficiado.
Agora, o governo inseriu
quem ganha até R$ 2.350 nesta modalidade do MCMV, na qual a prestação
inclui pagamento de juros. A nova faixa passou a ser chamada de 1,5.
O comprador precisa pegar
um empréstimo no banco para pagar o imóvel, com juros baixos (5% ao
ano). Esse financiamento é mais barato por usar recursos do FGTS. O teto
para as famílias subiu para R$ 6,5 mil, e o subsídio passou para até R$
45 mil, mas apenas para quem ganha até R$ 2.350.
O valor que o governo
desembolsa para reduzir a prestação vai caindo conforme o aumento da
renda da família. O restante do valor do imóvel será pago com empréstimo
pego pelo comprador que terá juros entre 5% a 8%, a depender da renda.
Nas regras antigas, o valor da prestação dessas famílias ficava em torno
de R$ 400. Agora deverão subir. O teto de valor do imóvel, que era de R$
190 mil nas regiões mais desenvolvidas, vai subir para R$ 235 mil.
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