(PMDB-CE) e
Clarisse Garotinho (PR-RJ) não compareceram para votar. Clarisse
por estar na 35ª semana de gestação e Anibal por problemas de
saúde. A sessão foi tensa e teve princípios de tumulto.
O parecer do
deputado Jovair Arantes será levado nesta segunda-feira (18) ao
Senado pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo cunha
(PMDB-RJ), e deverá ser entregue ao presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL). A ideia inicial das lideranças de partidos
de oposição era encaminhar o parecer logo após o encerramento da
sessão.
No Senado, o
parecer deverá ser lido na sessão de terça-feira (19) e mandado
à publicação para, em seguida, ser formada comissão especial
para analisar a admissibilidade do pedido de afastamento da
presidenta Dilma.
342º VOTO
- O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) deu o 342º voto pelo
andamento do impeachment, que agora será analisado pelo Senado
Federal. Trinta e seis deputados ainda não votaram. O quórum no
painel eletrônico do plenário da Câmara registra 511
parlamentares presentes na sessão. Até o placar que definiu a
abertura do impeachment, 127 deputados votaram "não" e seis se
abstiveram. Dois parlamentares não compareceram.
A VOTAÇÃO
- A sessão de hoje foi aberta às 14h pelo presidente da Câmara,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Após manifestações do relator da
Comissão Especial do Impeachment, deputado Jovair Arantes
(PTB-GO), de líderes partidários e representantes da minoria e
do governo, a votação começou por volta de 17h45.
Os deputados
foram chamados a votar de acordo com ordem definida no regimento
interno da Câmara, da região Norte para a Sul do país. O
primeiro a votar foi o deputado Abel Galinha (DEM-RR), que disse
“sim” ao impeachment.
A discussão do
parecer sobre a abertura de processo de impeachment de Dilma,
que antecedeu a sessão de hoje, começou na última sexta-feira
(15), durou mais de 43 horas ininterruptas e se tornou a mais
longa da história da Câmara dos Deputados.
HISTÓRICO
- Antes de chegar ao plenário, na Comissão Especial do
Impeachment, o relatório de Arantes pela admissibilidade do
processo foi aprovado com placar de 38 votos favoráveis e 27
contrários. O pedido de impeachment, assinado pelos juristas
Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo, foi recebido
por Cunha em dezembro de 2015.
O
pedido teve como base o argumento de que Dilma cometeu
crime de responsabilidade por causa do atraso nos
repasses a bancos públicos para o pagamento de
benefícios sociais, que ficaram conhecidos como
pedaladas fiscais. Os autores do pedido também citaram a
abertura de créditos suplementares ao Orçamento sem
autorização do Congresso Nacional como motivo para o
afastamento da presidenta.
MANIFESTAÇÕES
- Mais uma vez, manifestantes a favor do Impeachment de
Dilma Rousseff saíram as ruas e declaram o seu apoio à
abertura do processo de impedimento da Presidente da
República. Em São Paulo, os manifestantes comemoraram ao
som do 'Tema da vitória' na Avenida Paulista, em São
Paulo, a definição da votação em favor do prosseguimento
do processo na Câmara dos Deputados.
Muitos
manifestantes se abraçaram e celebraram o resultado em
frente aos telões instalados pela avenida. Segundo o
Datafolha, o ato reuniu 250 mil pessoas. O Movimento
Brasil Livrem, um dos organizadores do ato na Paulista,
estimou em 800 mil pessoas. A Policia Militar estimou em
215 mil participantes.
A
descalvadense Mayra Camargo Rigo de Vuono foi uma das
que participaram da manifestação na Avenida Paulista [em
São Paulo] ao
lado do marido. Em seu perfil de uma rede social, ela
escreveu que foi muito emocionante estar na Paulista
neste dia histórico para o Brasil. A pedido do
DESCALVADO
NEWS,
Mayra enviou fotos pelo nosso WhattsApp bem ao lado de
um dos símbolos da campanha pró Impeachment: o "Pato" da
campanha "Não Vou Pagar o Pato", instituída pela
Federação da Indústrias do Estado de São Paulo em sinal
de protesto pelas altas cargas tributárias impostas às
empresas de todo o país. Além da Mayra, pelo menos
outros 15 descalvadenses também participaram dos
protestos na Avenida Paulista neste domingo.
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*Com
informações da Agência Brasil (Fotos: Marcelo Camargo e Mayra
Rigo de Vuono)
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