| que arcar com custos não previstos no contrato referentes a 
		impostos como ISS e Cofins. 
		O governador Geraldo 
		Alckmin, ao assumir em 2011, pediu um estudo para reduzir o valor dos 
		pedágios. A Artesp, agência responsável pela concessão, solicitou o 
		levantamento para a Fipe, que apontou que as concessionárias, por causa 
		dos aditivos, tinham sido beneficiadas com um ganho estimado em R$ 2 
		bilhões além do devido. Utilizando esse estudo, a Artesp entrou com 
		ações na Justiça para anular todos os aditivos contratuais. A agência alegava que o 
		contrato tinha sido reajustado sem parecer jurídico da Artesp, baseado 
		num parecer da Procuradoria-Geral do Estado, e que o estudo da Fipe 
		apontava que a concessionária deveria devolver R$ 45 milhões por 
		cobranças indevidas pelos cálculos terem sido feitos com base em receita 
		estimada e não em receita real. A juíza da 9ª Vara de 
		Fazenda Pública de São Paulo, Simone Gomes Rodrigues Casoreti, entendeu 
		que não houve qualquer erro no aditivo e sim interesse do governo em 
		mudar a equação financeira do contrato. A juíza afirmou ainda 
		que os critérios usados pela Fipe não levaram em consideração o contrato 
		e “tiveram como base apenas satisfazer os interesses do Poder 
		Concedente, em total desarmonia com os objetivos do contrato de 
		concessão”. Em nota, a 
		concessionária Arteris informou que a decisão da Justiça demonstra que a 
		renovação foi feita de acordo com a lei e em “consonância com o contrato 
		de concessão, tendo sido inclusive validada posteriormente pelo Tribunal 
		de Contas do Estado”. De acordo com a empresa, 
		mesmo com o processo, “a relação entre a Artesp e a Arteris é de 
		transparência e boa vontade para o aprimoramento dos contratos”. A agência reguladora 
		Artesp informou que “já obteve outras vitórias judiciais importantes em 
		ações semelhantes a esta”, citando os casos da Autoban e a Vianorte. De acordo com a agência, 
		o Estado se empenha em anular os contratos “por tratarem de extensão 
		superestimada dos prazos de vigência das concessões rodoviárias e que 
		geraram ganhos indevidos as concessionárias”. “O governo paulista 
		confia no Poder Judiciário e reafirma sua certeza de que deve continuar 
		defendendo a aplicação das normas constitucionais e legais às 
		concessões, sem prejuízo do cumprimento dos contratos”, informa o texto, 
		lembrando que dez processos estão judicializados. *Fonte: Valor 
		Econômico
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