Carvalhanas e Patrícia Marques Ferreira, da Secretaria da Saúde; Vilma Geraldi,
da Pasta do Meio Ambiente; Fabrício Rassy, da Fundação Parque Zoológico;
Fernando Gomes Buchala, coordenador da Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria
de Agricultura e Luciano LaGatta, coordenador do projeto. Até o momento, os planteis paulistas
não registraram nenhuma ocorrência da Influenza.
O Grupo Especial de Atendimento à Suspeita de Enfermidades Emergenciais (Gease),
da CDA, realizará o atendimento relacionado à ocorrência de Influenza Aviária no
Estado de São Paulo, contribuindo para sua erradicação. “A difusão da informação
é uma das ferramentas mais eficazes para minimizar os impactos sociais e
econômicos da IA, maximizando os resultados das ações de controle em eventos de
natureza epidêmica, desta forma torna-se importante a comunicação dos riscos a
todos envolvidos”, afirmou Arnaldo Jardim.
Competências-
A Secretaria de Agricultura envolveu todos os seus departamentos na
prevenção da doença, especialmente a CDA, que normalmente já executa
atividades de vigilância epidemiológica, controle e erradicação de
doenças em animais; e o Instituto Biológico (IB), que realiza exames
laboratoriais para o diagnóstico de doenças em animais e para o
monitoramento epidemiológico em seus departamentos: Unidade Pesquisa e
Desenvolvimento (UPD) de Bastos e o Centro Avançado de Pesquisa
Tecnológica do Agronegócio Avícola (Captaa) de
Descalvado.
Como a doença não
discrimina as aves criadas em estabelecimentos comerciais das
silvestres, a Secretaria do Meio Ambiente tem um papel fundamental e
participa desse esforço conjunto por meio do Departamento de Fauna (Defau),
disponibilizando o cadastro georreferenciado dos empreendimentos de
fauna em cativeiro e informando à CDA sobre as autorizações concedidas
pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) para o
destino de carcaças e dejetos resultantes do sacrifício das aves dos
estabelecimentos avícolas industriais acometidos. À Fundação Parque
Zoológico cabe informar à CDA o recebimento de aves da ordem
charadriformes, anseriformes e galiformes para colheita de amostras para
vigilância ativa para Influenza Aviária, assim como a ocorrência de
óbitos ou sintomatologia respiratória nas aves destas ordens, além de
realizar ações educativas junto aos funcionários e visitantes.
A Secretaria de Saúde
atuará, por meio da Coordenadoria de Controle de Doenças e do Centro de
Vigilância Epidemiológica – Divisão de Doenças de Transmissão
Respiratória, monitorando o risco à saúde humana e a Secretaria de
Segurança Pública cuidará da manutenção da ordem pública e garantirá a
execução das atividades de defesa sanitária animal.
Todas as ações previstas
nesse plano estão de acordo com as normativas do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que, por meio do
Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro/SP), localizado em Campinas,
apoiará o IB na realização de exames confirmatórios de amostras
resultantes de Síndrome Respiratória e Neurológica das Aves e de
resultados positivos nos exames de triagem.
Influenza Aviária
- A IA é uma doença infecciosa das aves causada por um vírus da família
Orthomixoviridae, que apresenta alto índice de patogenicidade em
galinhas de até seis semanas de idade. Devido às contínuas mudanças
genéticas e sua capacidade de adaptação a novos animais e ao ser humano,
o vírus representa um risco desconhecido à saúde pública. Estudos
indicam que embora normalmente o vírus apresente baixa malignidade, pode
sofrer mutações e gerar cepas de alta patogenicidade, capazes de
promover mortalidade em cerca de 90% das aves afetadas. Em relação à
saúde pública, os dados disponíveis indicam que os vírus de influenza
aviária, até o momento, como dos tipos H5 e H7, podem resultar em
infecção humana.
Como a enfermidade não
foi diagnosticada no Brasil, no caso da constatação de Influenza Aviária
em plantéis avícolas, é obrigatório o sacrifício dos animais acometidos,
a fim de manter o plantel avícola nacional indene. As medidas de
prevenção, controle e erradicação de enfermidades exóticas ou
emergenciais estão amparadas na legislação em vigor. O impacto do risco
da ocorrência de IA representa um perigo permanente em qualquer lugar do
mundo, por sua patogenicidade e pela obrigatoriedade de se aplicar
sistemas de sacrifício sanitário, tal enfermidade representa grandes
perdas econômicas potenciais para a indústria avícola.
As pessoas expostas
devem estar atentas, até 10 dias após a última exposição, ao
aparecimento de febre acompanhada de pelo menos um dos sintomas
respiratórios: tosse, dor de garganta, dispneia e desconforto
respiratório. Caso apresentem sinais ou sintomas sugestivos de IA, os
expostos deverão ser encaminhados às unidades de saúde de referência
para avaliação clínica, coleta de amostra biológica e início do
tratamento adequado.
A implementação de um
plano operacional que leve à conjunção de diferentes setores envolvidos
no planejamento e na execução integrada das ações permitirá uma resposta
consistente, robusta e sustentável.
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