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O volume de vendas
do comércio varejista da região de São Carlos e Araraquara caiu
11,4% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. O
faturamento nominal, sem descontar a inflação, recuou 2,3%.
Os dados são do
ACVarejo, levantamento mensal da Associação Comercial de São
Paulo (ACSP), e referem-se ao varejo ampliado, que inclui
automóveis e material de construção. No período acumulado,
janeiro a maio, o setor teve queda de 5% nas vendas na região e
crescimento de 3,6% no faturamento, frente a igual período de 2015. Já em 12
meses, as vendas diminuíram 5,3% e o faturamento aumentou 2,8%. |
Os números
compreendem os municípios de Américo Brasiliense, Analândia,
Araraquara, Boa Esperança do Sul, Borborema, Cândido Rodrigues,
Corumbataí,
Descalvado,
Dobrada, Dourado, Fernando Prestes, Gavião Peixoto, Ibaté,
Ibitinga, Ipeúna, Itápolis, Itirapina, Matão, Monte Alto, Motuca,
Nova Europa, Pirangi, Pirassununga, Porto Ferreira, Ribeirão
Bonito, Rincão, Rio Claro, Santa Cruz das Palmeiras, Santa
Ernestina, Santa Gertrudes, Santa Lúcia, Santa Rita do Passa
Quatro, São Carlos, Tabatinga, Tambaú, Taquaritinga, Trabiju e
Vista Alegre do Alto.
“Os resultados dos
primeiros cinco meses do ano continuam a mostrar fortes quedas,
refletindo a renda em queda, o avanço do desemprego e o crédito
mais caro e escasso. Tudo isso deixa a confiança do consumidor
em patamares muito reduzidos, minando a disposição a comprar”,
destaca Alencar Burti, presidente da ACSP. “Mas nossa
expectativa é que as retrações no varejo podem começar a
arrefecer, na medida em que melhore a confiança do consumidor”,
diz Burti, que também preside a Federação das Associações
Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Burti lembra que a
crise no varejo paulista, assim como no resto do país, atinge
todas as regiões paulistas e todos os setores, mesmo os de
consumo mais essencial.
Os resultados de
maio também foram influenciados pelo efeito-calendário do
feriado de Corpus Christi e pelo fato de o mês ter começado num
domingo, reduzindo o número de dias úteis.
O ACVarejo é
elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal, da ACSP,
com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de
São Paulo. O material também disponibiliza dados sobre vendas e
faturamento do varejo restrito, que não inclui automóveis e
material de construção.
SETORES
– Dos nove setores analisados pela pesquisa, aqueles que são
mais dependentes de créditos apresentaram os maiores recuos no
volume de vendas do varejo paulista em maio frente ao mesmo mês
de 2015. São eles: móveis/decorações (-26,2%), concessionárias
de veículos (-22,5%), lojas de
departamento/eletrodomésticos/eletroeletrônicos (-18,7%) e lojas
de materiais de construção (-16,6%).
No acumulado dos
cinco primeiros meses de 2016, apenas um setor ficou com saldo
positivo ante 2015: o de farmácias/perfumarias, com pequeno
crescimento de 1%. Já em 12 meses, farmácias/perfumarias e
supermercados apresentaram aumentos de 3,1% e de 0,4%,
respectivamente.
REGIÕES
– Em maio, nenhuma região paulista registrou crescimento do
volume de vendas no varejo ampliado na comparação anual. A menor
queda foi no Vale do Paraíba (-6,3%). Na outra ponta, o maior
tombo foi da região Metropolitana Oeste (-21,3%). No acumulado
do ano, a região de Marília teve ligeiro aumento, de 0,3%. E em
12 meses a Região do Alto Tietê registrou leve alta de 0,6%.
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