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Parecia uma pelada de fim de semana. Daquelas que, antes do início, algum
jogador logo avisa: "Vira quatro e acaba oito".
Atuando no estádio
Camp Nou, pelo Troféu Joan Gamper, o Santos não viu a cor da
bola ontem e levou uma goleada histórica, por 8 a 0, do
Barcelona.
Foi o placar
mais elástico que aconteceu na decisão do torneio. Até então, a
maior goleada havia sido 5 a 0, que aconteceu em três ocasiões:
em 1978, na vitória do Colônia-ALE sobre o Rapid Viena-AUS, em
2007, quando o Barça bateu a Inter-ITA, e em 2011, na vitória
dos culés sobre o Napoli-ITA. |
O resultado também igualou a terceira maior goleada sofrida
pelo Peixe em sua história. A pior derrota foi em 1920,
ainda na era amadora, para o Corinthians, quando levou 11
gols e não fez nenhum. Em 1944, o alvinegro praiano levou
seu segundo maior revés ao perder para o São Paulo por 9 a
1.ESTRÉIA OFUSCADA - Ídolo do Peixe, Neymar só entrou na segunda etapa e ajudou a
aumentar o elástico placar com uma linda assistência. O craque quase deixou sua marca
no fim com um belo chute de esquerda, mas a bola bateu no travessão. Mesmo com a
boa atuação, a estréia do craque brasileiro no time catalão
acabou sendo ofuscada pelo placar da partida.
O jogo
coletivo do Barcelona foi o grande destaque do jogo. Tabelas
envolventes e rápida troca de passes foram a tônica do
duelo. Do lado santista, o jogador mais lúcido foi Montillo,
que tentou algo de diferente, mas não foi beneficiado pelos
companheiros – muitos dos quais presentes na final do
Mundial Interclubes 2011 – que, apavorados, facilitavam as
investidas da equipe catalã
TORCIDA
FURIOSA - A histórica goleada por 8 a 0 gerou uma confusão para os santistas ainda na cidade espanhola. Após
o jogo, torcedores aguardaram os jogadores no hotel onde a delegação alvinegra
ficou hospedada e fizeram cobranças, também direcionadas a dirigentes. Cerca de
vinte pessoas participaram do protesto dentro do hotel e
alguns jogadores chegaram a ser impedidos de entrar no
elevador para prestar conta aos torcedores. O
lateral-esquerdo Léo, que marcou um gol contra no duelo,
tentou evitar confusão. Arouca e Edu Dracena ainda pararam
para tentar explicar o vexame.
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