Posto de Combustível do Almoxarifado Municipal (Foto: Mário
Zambelli) |
A interdição do
posto de combustível do Almoxarifado Municipal ocorrida no
início do mês de junho deste ano, já custou mais de R$ 40 mil aos
cofres públicos do município, apenas no primeiro mês de vigência
da interdição, segundo dados da Secretaria de Administração
Municipal que encaminhou resposta à solicitação feita pelo
DESCALVADO NEWS no final de junho.
Segundo o ofício
recebido, somente no mês passado a Prefeitura adquiriu de um
posto de combustíveis particular, quase 2.320 litros de etanol,
2.214,21 litros de gasolina comum, mais de 15.540 litros de
diesel comum e 573,67 litros de diesel do tipo S10, uma
derivação do produto que possui menos enxofre em sua composição. |
A compra destes combustíveis está sendo realizada através de um
contrato emergencial celebrado entre a Prefeitura Municipal e a
empresa Posto de Serviços Descalvado Ltda, que atende pelo nome
fantasia de Posto Morumbi, inaugurado recentemente na Avenida
Guerino Oswaldo, nas proximidades da escola CEDESC. Com a
interdição repentina do posto do Almoxarifado Municipal, não
houve tempo hábil para a realização - de forma antecipada e não
onerosa aos cofres municipais - de um planejamento mais
detalhado de como poderia ser feito o abastecimento da frota
municipal durante a interdição. Pelo que foi apurado, o contrato
com a empresa se deu pela modalidade de dispensa de licitação e
o seu valor para um período de seis meses de fornecimento
superou o montante de R$ 400 mil reais, o que representa uma
média de pouco mais de R$ 66,5 mil por mês.
De acordo com o
ofício enviado, antes da interdição o preço pago pelo diesel
comum, que é o combustível mais consumido pela frota municipal,
era de R$ 2,1215 por litro. O combustível era adquirido
diretamente de uma distribuidora e o contrato de fornecimento
ainda previa algumas especificações para garantir a qualidade do
combustível adquirido. Com a interdição do posto do
Almoxarifado, a Prefeitura passou a pagar R$ 2,15 pelo litro do
diesel, elevando assim os gastos com o abastecimento da frota
que usa esse tipo de combustível, e que somente em junho
consumiu 14.543 litros do produto.
Já para o
etanol, o segundo item mais consumido pela frota municipal, o
consumo informado para o mês de junho foi de 2.319,51 litros.
Antes da interdição, a Prefeitura chegou a pagar R$ 1,8547 pelo
litro do combustível; hoje, o litro pago na bomba do posto
particular sai por R$ 1,659, ou seja, houve uma redução. Mas
neste caso, vale ressaltar que também haveria uma redução no
preço pago para a distribuidora que abastecia os tanques do
Almoxarifado, visto que desde a última compra feita pela
Prefeitura, o preço do etanol vêm sofrendo queda, principalmente
devido ao início da safra 2013/2014. Já para a gasolina, os
preços se mantiveram praticamente os mesmos.
Questionado a
respeito, o Secretário de Administração Rodrigo Alexandre de
Oliveira, respondeu ao DESCALVADO NEWS que uma solução
definitiva para o problema da interdição do posto de combustível
deverá ocorrer apenas no final deste ano, e que após mais de um
mês de interdição, ainda está sendo estudada qual deverá ser a
solução para o problema.
INTERDIÇÃO
- Em nota divulgada no site oficial da Prefeitura Municipal no
dia 7 de junho, a informação foi a de que a interdição do posto
do Almoxarifado Municipal se deu pelo vazamento nos tanques de
armazenamento, o que poderia causar contaminação no solo. Ainda
segundo a nota, havia a suspeita de que estes vazamentos
poderiam estar ocorrendo ha vários anos.
Questionado a
respeito de uma possível investigação para determinar se houve
ou não responsáveis por possíveis perdas ou danos com o
vazamento, o secretário de administração confirmou a informação.
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