A obra é feita pelo
Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee). A área de mais
de 240 mil metros quadrados deverá abrigar quatro tanques que
receberão o esgoto coletado na cidade. Mas o que seria a solução
de um problema ambiental pode ser a causa de outra agressão à
natureza. O motivo está no grande volume de água que aparece nos
piscinões.
“A gente faz tudo pelo meio ambiente, refloresta, protege, agora vem do lado da
propriedade da gente fazer esse serviço de tratamento de esgoto. É muito bom,
mas não pode contaminar a nossa mina de jeito nenhum”, disse o empresário
Vicente Gilberto Giacon.
A estação deve
ser entregue em julho. Os moradores temem a contaminação do solo
e da água. Preocupado, o empresário Fernando Maciel fez uma
denuncia ao Ministério Público, que abriu inquérito para
investigar o caso. “A gente não é contra o tratamento de esgoto,
é preciso ter. Mas jogar tudo isso em cima de uma mina pura é um
desperdício muito grande”.
Licença -
A Cetesb informou que concedeu uma licença prévia para as obras e que
desconhecia a existência de um lençol freático no local. Os técnicos da
companhia esperam a realização de testes que serão feitos pelo Daee para saber
se há risco de infiltrações nos tanques. Com isso, a Cetesb avaliará se a
estação de tratamento tem condições de receber uma licença definitiva.
O secretário de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Laércio Simões, disse que a
Prefeitura não foi responsável pela escolha do terreno destinado
à estação. “Todo estudo e determinação de terreno e obra foi
feito pelo Daee. A Prefeitura colocou várias áreas à disposição.
Os engenheiros determinaram especificamente o local e o projeto
é todo do Daee”, explicou.
Procurado pela
equipe de reportagem da EPTV, o Daee informou que a escolha do
local foi de responsabilidade da Prefeitura.
*Fonte
G1/São Carlos - Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV |