01/11//2013
(12h26)
Piracema começa
nesta sexta e segue até o fim de fevereiro
Pesca de peixes como o pintado e o dourado fica proibida no período. Quem for flagrado pescando pode
responder por crime ambiental.
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A pesca está proibida nos rios da região a partir desta sexta-feira (1º). A
chamada piracema, época em que é registrada a desova dos peixes, segue até o dia
28 de fevereiro de 2014. Durante o período, pescar é considerado crime
ambiental. Todas as
espécies – naturais das bacias brasileiras, exóticas e híbridas
– ficam protegidas. De acordo com a Polícia Ambiental, no Rio
Mogi é possível encontrar mais de 40 espécies de peixes, entre
eles o pintado, a cachara, o dourado, a piapara, a traíra e o
barbado, dentre outros. |
A proibição se estende também aos afluentes. Pescadores que
forem flagrados poderão responder por crime ambiental e pagar
multa, conforme a legislação estadual. Segundo a Polícia
Ambiental, os montantes variam de acordo com a quantidade de
peixes apreendidos e as espécies. O valor começa em R$ 700 e
soma-se mais R$ 20 a cada quilo de peixe apreendido.
Até fevereiro,
pescadores profissionais, que sobrevivem do pescado, passam a
receber um salário mínimo do Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS).
ACIDENTE AMBIENTAL DEVE CAUSAR REFLEXOS - A morte de
centenas de peixes após o
vazamento de um poluente da
Usina Santa Rita, no dia 4 de outubro, deve afetar a
Piracema, de acordo com o Centro de Pesquisa e
Treinamento Aquicultura (Cepta) de Pirassununga. Entre
as espécies que morreram, estavam algumas raras e
ameaçadas de extinção. Segundo o órgão do Ministério do
Meio Ambiente, o desastre ecológico já
é considerado o terceiro maior da história do Rio Mogi
Guaçu. |
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Segundo os
pesquisadores, peixes que estavam prontos para a reprodução na
Piracema morreram e a natureza vai levar cerca de seis anos para
se recuperar. “Mesmo que outros peixes da mesma espécie desovem,
a genética foi alterada. Vai ter prejuízo, com certeza.
Considerando que a maior parte das espécies que morreram demora
três anos para atingir a maturidade. A gente considera que só
após a segunda desova que o sistema começa a voltar ao normal.
São no mínimo seis anos para começar a voltar ao normal”,
afirmou o analista ambiental do Cepta, Paulo Cecarelli.
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