complicações por
gripe. Além das crianças de seis meses a menores de cinco anos,
integram este grupo pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores
de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias
após o parto), população privada de liberdade e os funcionários
do sistema prisional. As pessoas portadoras de doenças crônicas
não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais
também devem se vacinar. Para esse grupo não há meta específica
de vacinação.
Durante a
apresentação da campanha, o ministro Arthur Chioro destacou a
importância da ampliação da vacina ao público infantil. “A
extensão da faixa etária para os menores de cinco anos tem como
finalidade reduzir casos graves e óbitos”, ressaltou. Segundo o
ministro, a vacinação desta faixa etária beneficia tanto a
criança que recebe a vacina, como também os grupos mais
vulneráveis que convivem com ela. Assim, são imunizadas,
indiretamente, lactentes menores de seis meses de idade
(crianças amamentadas); idosos e pessoas com doenças crônicas.
Outro fator que contribuiu para a inclusão desta faixa-etária
foi o fato de que as taxas de internação em crianças menores de
cinco anos, em 2013, terem se igualado a dos idosos.
O secretário de
Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa,
destacou a importância do lançamento da campanha neste período
que antecede o inverno, estação mais propícia para a gripe. “A
criação de anticorpos ocorre entre duas e três semanas após a
aplicação da dose. Por isso é importante que as pessoas
procurarem a vacinação no período da campanha. Assim, quando
chegar o inverno, estarão protegidas”, afirmou Barbosa. O
período de maior circulação da gripe é de final de maio a
agosto. O secretário ressaltou que a vacina contra a influenza é
diferente das demais porque tem efeito limitado, ou seja, é
elaborada apenas no período da sazonalidade.
Segurança
– A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da
Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta definição também é
respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do
comportamento das infecções respiratórias, que têm como
principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos
mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. A
vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem
produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo,
óbitos. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre
32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a
75% a mortalidade por complicações da influenza.
Doses
– Serão distribuídas 53,5 milhões de doses da vacina, que
protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados
pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Em todo o
país, serão 65 mil postos de vacinação, com envolvimento de 240
mil pessoas. Também estarão disponíveis para a mobilização 27
mil veículos terrestres, marítimos e fluviais.
As pessoas com
doenças crônicas devem apresentar prescrição médica no ato da
vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das
doenças crônicas do Sistema Único de Saúde (SUS) deverão se
dirigir aos postos em que estão registrados para receberem a
vacina, sem a necessidade de prescrição médica.
Campanha
– Com tema “Vacinação contra a gripe: você não pode faltar”, a
campanha do Ministério da Saúde para este ano orienta cada
público prioritário a procurar os postos vacinação no período da
mobilização. A campanha será veiculada na TV, rádio, mídia
exterior, mídia impressa e internet. O custo total da campanha é
de R$ 14 milhões.
Medidas de
prevenção
– A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato
com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa
contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio
das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com
mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério
da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de
prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes
ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar
tocar o rosto e não compartilhar objetos de uso pessoal.
Em caso de síndrome
gripal, deve-se procurar um serviço de saúde o mais rápido
possível. A vacina contra a gripe não é capaz de eliminar a
doença ou impedir a circulação do vírus, por isso, as medidas de
prevenção são muito importantes, particularmente durante o
período de maior circulação viral, entre os meses de junho e
agosto.
Também é importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao
apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são
integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem
procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são:
febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de
cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode
ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias,
piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e
prostração.
Reações adversas
– Após a aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor
no local da injeção, eritema e induração. São manifestações
consideradas benignas, cujos efeitos passam, na maioria das
vezes, em 48 horas. A vacina é contraindicada para pessoas com
história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou
para pessoas que tenham alergia grave relacionada a ovo de
galinha e seus derivados.
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