05/04/2014 (00h03)

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO

Relatório final é encaminhado ao Ministério Público

Na última segunda-feira (31 de março), foi lido em plenário o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada  por Ato da Mesa da Câmara Municipal de número 13/2013 em outubro do ano passado, para apurar denúncias apresentadas pelo munícipe Leandro Francisco Gomes Cardoso, as quais envolviam o atual vereador Argeu Donizete Reschini, o ex-secretário e ex-diretor de finanças, Antônio Aparecido Reschini e o atual presidente da Câmara (e ex-prefeito interino), Anderson Aparecido Sposito.

O relatório apresentado pela Comissão, composta pelos vereadores Rubens Algarte de Rezende (presidente); Edevaldo Benedito Guilherme Neves (relator) e os membros

Guto Cavalcante, Luiz Carlos Vick Francisco e José Dias Bolcão, foi composto de 11 páginas, embora todo o processo seja formado por 891 laudas as quais já na terça-feira, dia 01 de abril, foram encaminhadas para o Ministério Pública da comarca local.

De acordo com a denúncia apresentada, competia à CPI investigar os seguintes fatores:

- Com relação à Antônio Aparecido Rischini:

a) se sua nomeação enquanto Secretário Municipal de Finanças feria a Lei Orgânica do município por estar enquadrado na Lei Complementar 64/90 com redação dada pela Lei Complementar 135/2010, ou seja, a Lei da Ficha Limpa (isto porque recaem sobre o mesmo, condenações já transitadas em julgado na justiça, que determinam a proibição de contratar com o serviço público);

b) se comprovada a prática de improbidade administrativa, se há valores a serem devolvidos aos cofres municipais;

- Com relação ao vereador Argeu Donizete Reschini:

a) se a contratação da empresa da qual é sócio pela Prefeitura Municipal para a prestação de serviços de eletricista, viola dispostos do artigo 25 da Lei Orgânica do Município e por analogia o artigo 54 da Constituição Federal, que proíbem agentes políticos de prestarem serviços à administração pública;

b) se a nomeação de alguns parentes para cargos em comissão junto à administração pública, caracteriza nepotismo;

c) se há valores a serem devolvidos aos cofres públicos;

- Com relação ao ex-prefeito interino, Anderson Aparecido Sposito:

a) se foi irregular a nomeação do ex-Secretário de Finanças, pelo mesmo estar impedido de contratar com a Prefeitura Municipal;

b) se há valores a serem devolvidos ao erário municipal, caso comprovados os fatos acima citados.

Após cinco meses de trabalho e mediante a contratação de um advogado de São Carlos para auxiliar nas investigações da CPI, feitas especificadamente através de provas documentais, de acordo com o relatório apresentado o que se apurou no caso de Rischini (ex-secretário de finanças), é que o mesmo possui feitos civis já transitados em julgado onde, pelo menos um deles determina a sua proibição de contratar com o serviço público.

A conclusão da CPI diante dos fatos é que, identificada a condenação de Rischini e este, estando impedido de ocupar cargo público na administração por pelo menos três anos (que ainda não se expiraram), é que o representante do Ministério Público tome as providências cabíveis não somente no que produziu a CPI, como também nos processos que são de autoria do próprio órgão.

Quanto ao Vereador Argeu, o relatório traz que a empresa da qual é sócio participou de pregão eletrônico, sagrando-se vencedora  e contratada dentro das formalidades legais, até porque nesta ocasião ele ainda não era Vereador eleito. Mas, consta também a renovação desse contrato por mais um período, realizado em 2013 que, apesar de encontrar guarida na Lei das Licitações, não prevê conduta irregular no caso da contratação do Vereador.

Por isso, a Comissão entendeu que há a necessidade do Ministério Público – por não haver previsão na Lei das Licitações a renovação de contrato, passando o proprietário a ser vereador nesse interim -, apurar se a prorrogação feriu as normas vigentes em relação aos impedimentos legais (os de agentes políticos não poderem prestar serviços para administração pública).

Em relação ao nepotismo citado, realmente existem pelo menos três parentes (irmão, esposa e filha), contratados e ocupantes de cargos comissionados na Prefeitura Municipal, mas a CPI não conseguiu identificar se a nomeação dos mesmos se deu por interferência ou influência por parte do Vereador.  Também recomendou a Comissão ao Ministério Público que apure se houve a prática de nepotismo  e se há a necessidade da devolução de dinheiro aos cofres públicos.

Por fim, quanto ao ex-interino Anderson Aparecido Sposito, o relatório traz que não há informação se o mesmo tinha ciência das condenações de Rischini ao nomeá-lo Secretário (até porque na gestão anterior ele também ocupava cargo em comissão) e se tinha, ai sim, poderia se verificar um ato de improbidade administrativa. Mas, destaca a comissão que esse é um fato a ser investigado pelo Ministério Público e não pela CPI, assim como a probabilidade de devolução de recursos aos cofres públicos.
 

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