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A resolução da tela
é uma das principais características que o consumidor deve levar
em conta na hora de comprar uma TV – ou corre o risco de se
frustrar ao assistir a filmes ou jogos de futebol. Ela indica a
quantidade de linhas e colunas de pixels que compõem a imagem
exibida na tela. Quanto maior o número de pontos por polegada de
tela, melhor a qualidade da transmissão.
Atualmente, três
resoluções de tela diferentes estão presentes nos modelos de TV
à venda nas lojas. De acordo com a consultoria GfK, quase 40%
das TVs vendidas no Brasil ao longo de 2013 ofereciam resolução
HD. As TVs Full HD, que apresentam maior qualidade de imagem,
lideraram as vendas no período, com 58,9% do total. As TVs mais
avançadas, com resolução Ultra HD ou 4K, ainda representam menos
de 1% das vendas no Brasil. |
A resolução HD permite que a TV exiba 1.280 colunas de pixels e
720 linhas, resultando em uma tela com quase 1 milhão de pontos
para formar as imagens. No caso do Full HD, a imagem é formada
por 1.920 colunas de pixels e 1.080 linhas, o que aumenta o
número de pontos para pouco mais de 2 milhões. O Ultra HD
apresenta 3.840 colunas de pixels por 2.160 linhas, o
equivalente a quatro vezes a resolução Full HD. Confira abaixo a
comparação entre as três resoluções de tela:
DISTÂNCIA X
TAMANHO
– A diferença entre as resoluções é grande e perceptível aos
espectadores, em especial no caso do HD e do Full HD. Durante os
testes de TVs realizados pelo site de VEJA, os espaços entre os
pixels da imagem ficaram visíveis em TVs muito grandes (60 e 70
polegadas) e resolução Full HD. O mesmo efeito foi notado em
aparelhos menores (46 a 50 polegadas) com resolução HD. E quanto
mais próximo o usuário está da tela, mais evidente é a
limitação.
Para evitar
problemas com resolução de tela, o consumidor pode calcular com
antecedência o tamanho ideal de TV, levando em conta a resolução
de tela e a distância do espectador.
Segundo André
Romanon, gerente sênior de TVs da Philips, é preciso
primeiro medir a distância entre o sofá e a tela. Se o
consumidor pensa em comprar uma TV com resolução HD, a medida,
em metros, deve ser multiplicada por dezoito. No caso das TVs
Full HD, multiplica-se a distância por 21. O resultado indica o
tamanho máximo da tela – acima disso, o espectador verá espaços
entre os pixels.
Dessa forma, se o
consumidor tiver um espaço de 2,3 metros entre o sofá e a TV,
terá duas opções: comprar uma TV de 40 polegadas com resolução
HD ou uma TV Full HD de 48 polegadas.
ULTRA HD
– No caso da resolução Ultra HD, esqueça a matemática (e prepare
o bolso): são tantos pixels na tela que é impossível notar
qualquer imperfeição na imagem. Esses aparelhos chegaram ao
mercado em 2012 em tamanhos grandes, como 84 polegadas. A partir
do início de 2014, no entanto, fabricantes como LG e Samsung
levaram a tecnologia para TVs com tamanho a partir de 42
polegadas.
"Alguns modelos com
resolução Ultra HD em tamanhos menores estão chegando com preços
um pouco mais acessíveis. A indústria e os consumidores já estão
de olho nessa nova tecnologia", diz Camila dos Santos, analista
do mercado de TVs da GfK no Brasil. “Além da maior resolução, o
4K e o 8K podem apresentar mais cores do que as TVs atuais, mais
até que as telas dos cinemas”, diz Yuzo Iano, professor de
comunicação audiovisual da faculdade de engenharia elétrica e de
computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
CONTEÚDO
– Outro ponto a levar em conta na hora de definir a resolução da
sua próxima TV é o tipo de conteúdo que será exibido. A
resolução HD é suficiente para assistir à programação da TV
digital aberta, canais a cabo ou via satélite e DVDs, que em
geral oferecem conteúdo com resolução HD. Já no caso de discos
de Blu-ray e alguns serviços sob demanda, como o Netflix e a
iTunes Store, vale a pena considerar uma TV Full HD.
Quanto ao Ultra HD,
a oferta de conteúdo é limitada – mas deve
aumentar. Alguns estúdios já gravam novos filmes nesta
resolução. A Sony e a Netflix, por exemplo, firmaram uma
parceria no início deste ano para acelerar a oferta de conteúdo
em Ultra HD por meio de streaming. “As principais fontes de
sinal estão em HD ou Full HD. Para TVs com resolução Ultra HD,
há uma tecnologia chamada upscaling, que aumenta artificialmente
o número de pixels, mas a experiência não é a mesma”, diz
Romanon, da Philips. Ou seja, embora o Ultra HD seja boa
alternativa para quem vai comprar uma TV gigante neste ano, não
vai ser dessa vez que os usuários vão aproveitar a resolução
máxima do aparelho. Talvez na próxima Copa do Mundo.
*Fonte:
Veja.com
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